“No Amapá, 33% das mulheres considera difícil conciliar carreira e cuidado com os filhos”, revela estudo

Macapá ocupa a décima quarta posição no ranking de dificuldades em conciliar maternidade e vida profissional entre as capitais

Estudo realizado pelo portal Trocando Fraldas com 11.000 brasileiras de todo o país, destaca que mais da metade das entrevistadas (56%) considera improvável o sucesso profissional de mulheres com filhos. Nas capitais do Sudeste, as mulheres se apresentaram mais pessimistas quanto ao sucesso profissional unido à maternidade (São Paulo 57,7%, Rio de Janeiro 58,2%, Belo Horizonte 60,4%, Vitória 66,7%).

Na região Norte, o estado em que a dificuldade se apresenta maior é Acre 61%, seguido de Tocantins 60% e Rondônia 57%. Nos demais estados – Amazonas 49%, Roraima 50%, Pará 55% e o estado da região norte com o menor índice Amapá 33%.

No quesito dificuldades em conciliar carreira e maternidade entre as capitais, Macapá ocupa a décima quarta posição no ranking.

 

Medo de perder o emprego por conta da gravidez

Faz parte dos Direitos Trabalhistas no Brasil, o direito à estabilidade, em que a partir da descoberta da gestação, a mulher não pode ser demitida, e essa estabilidade é garantida desde o início da gravidez até 120 dias após o nascimento da criança. Mas ainda assim no Brasil, muitas mulheres sentem-se ‘ameaçadas’ a serem demitidas logo após voltar da licença-maternidade.

A pesquisa conduzida pelo Trocando Fraldas também aponta que 3 em cada 7 brasileiras têm ou tiveram medo de perder o emprego devido à gravidez. O medo é maior entre as mulheres da região Centro-Oeste e Sudeste (43,8%), contra 38,3% da região Norte. As regiões Fortaleza, Rio de Janeiro, Florianópolis e Palmas são as únicas capitais em que o medo de engravidar é menor em comparação aos demais estados.

Após a chegada do bebê, o estudo mostra que o problema em comum entre as mulheres é conseguir uma vaga em creche. Em todas as regiões brasileiras, as mulheres relataram dificuldades para matricular seus filhos, sendo a região Centro-Oeste com maior dificuldade e a Nordeste, mais fácil de conseguir matrícula.

Ser mãe e ter uma carreira de sucesso

As esperanças e medos das mulheres quase na mesma proporção demonstram o quanto a conciliação de carreira e maternidade ainda gera complexidades no Brasil.

Em 2016, em pesquisa realizada pela Rede Mulher Empreendedora, patrocinada pelas empresas Avon, Facebook e Itaú com 1.300 mulheres de todo o Brasil, é destacado que 75% das mulheres decidiu empreender após a maternidade.

Esses dados de pesquisas recentes comprovam que a mulher brasileira tem desafiado o contexto e, decidido pelo desempenho dos papeis maternidade e profissional apesar de todas as dificuldades e preconceitos em uma sociedade predominantemente dominada pelo público masculino.

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