Em despacho, Moro considera que triplex representa “corrupção e de lavagem de dinheiro”
“Não teria havido o pagamento do preço nem do apartamento, nem das reformas”, afirma juiz
Em despacho publicado na manhã desta terça-feira (18), o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, respondeu aos embargos da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado a 9 anos e 6 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele nega que tenha havido “omissão, obscuridade e contradição” em sua decisão, explica que a reforma do triplex no Edifício Solaris, no Guarujá, é prova de corrupção e ainda compara Lula ao ex-deputado federal Eduardo Cunha.
O documento de 238 páginas cita a palavra “triplex” 212 vezes e utiliza o apartamento 164-A como principal prova dos crimes cometidos por Lula. Em trecho do documento, Sérgio Moro afirma que a atribuição e reformas do imóvel configuram “corrupção e de lavagem de dinheiro”. Em outro trecho ele acrescenta que “em síntese, a acusação que o Grupo OAS concedeu ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva o apartamento… e ainda a reforma do apartamento, como vantagem indevida.”
Ele acrescenta ainda que “não teria havido o pagamento do preço pelo ex-Presidente, nem do apartamento, nem das reformas.”
A acusação aponta as mudanças feitas no imóvel “como pinturas, adequações hidráulicas, reforma na churrasqueira, instalação de forro de gesso, instalação de novo deck para piscina, inclusive a instalação do elevador…alteração do revestimento da cozinha, instalação de bancada de granito na cozinha e na churrasqueira, instalação de nova escada de acesso ao mezanino, demolição de um dormitório e retirada da sauna, aumento de sala até o elevador… instalação de aquecedor a gás e de tela de proteção para janelas.”
A defesa de Luiz Inácio Lula da Silva afirma que “o apartamento 164-A, triplex, jamais lhe pertenceu e, embora tivesse sido a ele oferecido no ano de 2014, não houve interesse na aquisição e, portanto, não houve a compra.”
Em outro trecho, o juiz federal compara ainda o processo do ex-presidente com o do ex-deputado federal Eduardo Cunha e justifica que todos os processos devam ser analisados pelo mesmo Juízo.
“Há todo um contexto e que já foi reconhecido pelo Tribunal de Apelação e pelos Tribunais Superiores de que esses casos são conexos e demandam análise conjunta, por um mesmo Juízo, sob risco de dispersão da prova”.
E no parágrafo seguinte anuncia. “Egrégio Supremo Tribunal Federal tem sistematicamente enviado para este Juízo processos desmembrados ou provas colhidas relativas a este mesmo esquema criminoso. Para ficar em um só exemplo, cite-se a ação penal proposta contra o ex-Deputado Federal Eduardo Cosentino da Cunha no Inquérito 4146 e que, após a cassação do mandato, foi remetida a este Juízo.”
Se a nação brasileira lutar contra a corrupção e quem a pratica, o Brasil irá para frente como país, pois o Brasil é o mais rico em todo o mundo, porque a corrupção rouba e rouba, mas mesmo assim ele consegue se manter, por isso nós como cidadãos, devemos apoiar e incentivar a devida punição a aqueles que roubam o país e, deveriam ser considerados como traidores da nação brasileira.