Chacina de Colniza (MT) completa um ano com mandante foragido

O empresário do ramo madeireiro Valdelir João de Souza nunca foi preso. Conhecido como Polaco Marceneiro, ele é acusado de ter ordenado os crimes contra trabalhadores rurais, na Gleba Taquaruçu do Norte, a 250 km da sede do município deColniza. Outros quatro homens são apontados como os executores do crime. Apenas dois dos acusados estão presos.

O motivo seria o interesse de Polaco em explorar madeira e minério na área.

O coordenador da Comissão Pastoral da Terra em Mato Grosso, Cristiano Cabral, afirma que o fato do possível mandante ainda estar solto deixa as famílias que vivem na área apreensivas. Cristiano denuncia a impunidade com relação aos crimes cometidos contra trabalhadores rurais.

No dia 19 de abril de 2017, um grupo encapuzado atacou o local onde viviam cerca de cem famílias. Nove pessoas foram assassinadas com tiros e golpes de facão, algumas chegaram a ser decapitadas.

Uma das testemunhas da chacina relatou à Justiça que as vítimas foram mortas trabalhando, algumas com um bornal de comida do lado e garrafa de água pendurada no ombro.

Na justiça, em novembro do ano passado, houve a primeira audiência de instrução, quando o juiz Ricardo Frazon colheu o depoimento de testemunhas. O julgamento do caso não foi marcado.

EBC

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