Pessoas com deficiência quebram tabus ao praticar turismo de aventura

Os esportes radicais sempre encantaram o paulistano Ricardo Shimosakai, mas foi somente após levar um tiro durante um sequestro-relâmpago, aos 33 anos, que ele tomou a iniciativa de mergulhar de cabeça no turismo de aventura.

— Vi que a vida pode acabar num instante. Então percebi que precisava fazer logo o que eu queria, não podia deixar para depois — lembra.

Ricardo ficou paraplégico por conta do incidente, mas isso não o impediu de acumular um sem-número de experiências. Hoje com 50 anos, ele já saltou de paraquedas, voou de parapente, desceu uma montanha de tirolesa, fez mergulho com cilindro, rafting, rapel, esqui na neve e exploração de cavernas.

Para quem tem alguma limitação de movimento, a adaptação nessas atividades pode ser necessária. Mas a alteração muda de acordo com o tipo de deficiência. Quando Ricardo fez paraquedismo, por exemplo, precisou ter as pernas amarradas com uma corda, para que, quando o paraquedas abrisse, elas não sofressem um “tranco” muito grande. Por outro lado, para fazer rafting, não foi necessário fazer nenhuma mudança. Se fosse uma pessoa tetraplégica seria preciso uma cadeirinha com cinto, para impedir que ela caísse para fora do bote por não conseguir controlar o tronco.

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