Nimesulida faz mal para o fígado e está proibido em vários países

O hepatologista Rogério Alves, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica por que tomar o remédio sem receita médica pode ser perigoso

Gabriela Lisboa

A nimesulida é um medicamento que pode ser vendido em gel, gotas ou comprimidos. Segundo a bula, é indicado para combater a inflamação, a dor e a febre. Em alguns casos, também pode ser usado para o tratamento da osteoartrite e da artrite reumatoide. A bula indica alguns efeitos colaterais que podem aparecer em determinadas pessoas, como dor de cabeça, sonolência, tontura, urticária, coceira, icterícia, perda de apetite, dor de estômago, enjoo, vômito, diarreia, diminuição do volume urinário, urina escura, diminuição da temperatura do corpo e asma. Também é feito um alerta sobre a possibilidade do medicamento causar reações alérgicas e casos isolados de hepatite aguda fulminante. Mas como a nimesulida pode afetar o fígado?

De acordo com o hepatologista Rogério Alves, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, todo anti-inflamatório pode ser hepatotóxico. Isso significa que em pessoas que têm sensibilidade à medicação o remédio pode causar hepatite medicamentosa. No entanto, isso não pode ser previsto, segundo ele. “Ninguém sabe. Não tem como medir quem vai apresentar o problema”. Ele ressalta que essa reação não é comum mesmo no Brasil, onde este tipo de medicamento está entre os mais prescritos.

De acordo com o hepatologista, como existe a possibilidade de o anti-inflamatório desencadear uma lista de efeitos colaterais, os médicos costumam evitar que os pacientes usem a nimesulida por muito tempo “O medicamento pode dar úlcera e prejudicar o rim mesmo em doses independentes. Já para o fígado a reação grave pode ocorrer em quem toma um número maior de doses”. Nos pacientes que já possuem alguma doença no fígado, a nimesulida pode acarretar sangramento, pode aumentar a chance de ter uma reação e até mesmo o surgimento de uma lesão aguda, principalmente em um paciente que tenha uma doença crônica.

Veja íntegra no R7

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