Dieta mediterrânica pode combater a depressão, revela novo estudo
Uma investigação científica publicada online esta quarta-feira estabelece uma relação de causalidade entre o consumo de uma dieta mediterrânica e a redução do risco de depressão.
Uma revisão de 41 estudos publicados nos últimos oito anos e revelada hoje na revista científica “Molecular Psychiatry” sugere que uma dieta baseada em fruta, vegetais, grão, feijão e cereais pode trazer benefícios ao estado de espírito de quem a consome.
Camille Lasalle, que assina a investigação a par de colegas da University College London, garante que a investigação aponta, até agora, para os efeitos benéficos que os alimentos ingeridos provocam na redução do risco de depressão, embora ainda não haja provas clínicas sólidas.
“Há evidências convincentes de que existe uma relação entre a qualidade da dieta e a saúde mental. Esta relação vai além do efeito da comida no tamanho que vestimos e noutros aspetos da saúde que podem afetar o estado de espírito”, disse a especialista, citada pela revista “The Times”. Segundo Lasalle, “há também evidências emergentes que mostram que a relação entre o intestino e o cérebro desempenha um papel fundamental na saúde mental” e que “esse eixo é modulado pelas bactérias gastrointestinais, que podem ser modificadas pela dieta”.
Especialistas em medicina metabólica citados pela BBC dizem, no entanto, que são necessários mais testes, com maior rigor e especificidade, para confirmar a evidência da potencial ligação entre a dieta mediterrânica e o tratamento da depressão.
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