Meio Ambiente

Justiça determina que Vale fixe rota de fuga próximo a barragens

A justiça de Minas Gerais atendeu ao pedido do Ministério Público para que a mineradora Vale tome medidas de prevenção em Ouro Preto, cidade a cerca de 96 km da capital, Belo Horizonte, em caráter de urgência.

De acordo relatórios juntados ao processo, as Barragens Forquilha 1, 2 e 3 estão em risco de se romper e inundar a parte central e alguns bairros do município mineiro de Itabirito, na região metropolitana de Belo Horizonte.

A sentença determina a adoção de medidas específicas e elaboração do plano de emergência em relação às 03 barragens, em até 72 horas, com a fixação de rotas de fuga, pontos de encontro e implantação de sistema de alerta, além da apresentação de estratégias para socorrer os que tem dificuldades de locomoção, o mapeamento das residências e prédios nas áreas de risco e distribuição de panfletos que orientem a população em caso de rompimento das barragens.

Ainda não está definido quantas pessoas receberão o benefício, que inicialmente será pago por um ano. O valor será em torno de 1 salário mínimo por adulto. Crianças e adolescentes também devem receber o auxílio, mas os valores ainda não foram calculados.

A justiça também determinou que no prazo de sete dias sejam realizados treinos com os moradores para as situações de risco e fixou multa no valor de R$ 1 milhão para cada dia de descumprimento da sentença.

A empresa terá ainda que ressarcir os gastos do Estado. As despesas serão calculadas desde o dia em que ocorreu o rompimento da Mina Vale do Feijão, no último dia 25 de janeiro. A Vale tem 15 dias para recorrer da decisão.

EBC

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