Infectologista alerta para os perigos da automedicação
Quem nunca ouviu dizer que “de médico e de louco, todo mundo tem um pouco”?
Essa máxima é ainda mais verdadeira na internet.
Uma pesquisa realizada pela Google, que ouviu 1,5 mil voluntários, revelou que é cada vez mais comum entre os brasileiros a busca por sintomas e remédios na web.
E é justamente a praticidade da rede que tem levado os internautas a uma prática cada vez mais comum, o de autodiagnóstico e automedicação com base em pesquisas na rede mundial de computadores.
Não é à toa que 32% dos os brasileiros pesquisados declararam que precisam estar muito doentes para consultar um médico.
Gargalos como dificuldade de acesso a especialistas do SUS e dependência da rede pública de saúde fazem com que o Google seja um dos maiores aliados na procura por sintomas e tratamentos: a cada 20 pesquisas realizadas na plataforma de buscas, 1 é relacionada à saúde.
Esses números colocam as dúvidas rotineiras dos brasileiros, sobre doenças e saúde, em quarto lugar no ranking de temas mais buscados. Os termos “como tratar” e “faz mal” são os mais digitados no site de buscas.
Seja para satisfazer a curiosidade, seja para aplacar a ansiedade, o hábito de pesquisar doenças e receitas, por conta própria, pode ser muito prejudicial à saúde, como explica a infectologista Andréa Magalhães.
Na falta de um médico, o Google é a principal fonte de informação: 26% dos entrevistados recorrem à plataforma para pesquisar sintomas, resultados de exames e tratamentos. A maioria dessas pesquisas, 80%, são feitas diretamente do celular.
Ainda de acordo com o levantamento, o ditado popular que diz que “é melhor prevenir do que remediar” não se aplica ao mundo virtual: 97% das buscas relacionadas à saúde são feitas quando já existe um sintoma ou doença. Somente 1% está relacionada à prevenção.
EBC