Saúde mental: hábitos simples podem deixá-lo mais feliz
Alimentação saudável e exercícios físicos ajudam a melhorar a vida. Outras dicas são descansar a mente com meditação e organizar a casa
Paula Filizola
Na correria do dia a dia, às vezes, deixamos de lado hábitos simples que fazem diferença para o nosso bem-estar. Segundo o médico psiquiatra Fábio Aurélio Costa Leite, há um movimento mundial de busca e incentivo a terapias complementares como solução para problemas psicossomáticos, que têm surgido cada vez mais como consequência de comportamentos competitivos e individualistas.
“A sociedade está muito hostil e muitas pessoas não estão conseguindo lidar com isso. Por conta desses desafios emocionais, é comum transferir para o corpo problemas que são da cabeça”, explica Fábio Aurélio. Entrevistando especialistas, o Metrópoles reuniu dicas para que você potencialize os seus momentos de boa disposição:
Tripé alimentação, prática regular de atividades físicas e sono: o clínico geral Marcos Pontes afirma que essa combinação é fundamental para a tranquilidade. Segundo ele, a rotina alimentar deve ter uma boa variedade de frutas e legumes, e o excesso de carboidratos precisa ser cortado. O médico reforça, ainda, a necessidade de realizar alguma atividade física pelo menos três vezes por semana. “Caminhada, natação, pilates ou academia. O importante é fazer alguma coisa que lhe agrade”, aconselha.
Meditação e yoga: as duas práticas são milenares e bastante difundidas nas culturas orientais. No Brasil, desde 2006, a meditação é oferecida nas unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) como um suporte ao tratamento de doenças. A instrutora de yoga Lais Ferro defende a inclusão das práticas no dia a dia como forma de viver melhor o presente. “A condição básica para perceber a felicidade está no simples ato de se permitir uma pausa e observar o momento presente”, explica. “Conectar-se consigo mesmo é um hábito capaz de gerar um impacto enorme na vida”, conclui.
Tratamentos complementares: as chamadas terapias complementares envolvem técnicas de mindfullness (atenção plena), de relaxamento, massagens, acupuntura, terapia em grupo, entre outros. De acordo com o psiquiatra Fábio Aurélio, elas podem ajudar o paciente a controlar a ansiedade, diminuir as dores no corpo e melhorar a qualidade de sono. Ele diz que é comum os pacientes relatarem dores que, na verdade, nasceram por conta do estado emocional. “Percebemos que o problema físico é a foz do rio, mas a nascente está na mente”, argumenta o especialista. “Muitas pessoas sentem dores no corpo porque a dor na alma não é física”, completa.
Organização: um dos maiores fatores que contribuem para cansaço, estresse e nervosismo são ambientes bagunçados. Segundo a personal organizer Monique França, isso gera perda de tempo, atraso e falta de produtividade. “Uma das afirmações que mais escuto é ‘eu me acho na minha bagunça’, mas é uma ilusão. A confusão certamente atrapalha o estado emocional e físico de quem vive nela”. A primeira dica é se livrar de excessos – seja de roupas, sapatos ou lembranças. Simplesmente tirar da sua casa o que está apenas ocupando espaço.