Mulheres se preocupam com a pele, mas muitas erram no básico
Pesquisa inédita aponta enganos na hora de cuidar da pele e ainda mostra que a maioria do sexo feminino se sente insatisfeito com a aparência da cútis
Thaís Manarini
Cuidar da pele está longe de ser só uma obrigação para 83% das brasileiras – segundo essa parcela, o ritual é movido por um sentimento de prazer. É o que aponta um levantamento encomendado pela marca Avon ao Ibope Conecta, do qual participaram mil mulheres entre 25 e 60 anos de todas as regiões do país.
O trabalho ainda revela que 6 em cada 10 entrevistadas estão insatisfeitas com a pele do rosto. E veja que curioso: as jovens são maioria aqui. Esse dado foi um dos que mais surpreendeu o dermatologista Jardis Volpe, diretor clínico da clínica Volpe, em São Paulo.
A outra informação que intrigou o médico foi a de que, apesar de se mostrar mais descontente com a aparência, a turma jovem é a que menos sabe cuidar da cútis. “Acho que esse grupo tem muito acesso à informação, mas isso acaba mais confundindo do que ajudando”, interpreta o médico. “Para completar, muitas vezes as mulheres não contam com o auxílio de um profissional”, completa.
Para ter ideia, as participantes de menos idade foram as que mais relataram desconhecer o próprio tipo de pele – algo crucial para direcionar a compra dos produtos. Quase um terço relatou utilizar só sabonete do corpo para limpar o rosto.
“O problema disso é que esse sabonete em barra é mais agressivo e pode ressecar a pele”, explica Volpe. “Já o produto indicado para o rosto apresenta pH adequado para a região”, justifica.
E se engana quem pensa que o ritual de beleza precisa demorar horas. Segundo o especialista, os passos fundamentais são: limpeza, proteção solar e tratamento.
“A limpeza deve ser feita com um sabonete adequado para seu tipo de pele”, explica Volpe. O protetor também precisa seguir as características de sua cútis. “Já o tipo de tratamento depende da idade”, acrescenta o médico.
Para as mais jovens, diz ele, usar antioxidante é importante. Um dos exemplos é a vitamina C – que, aliás, foi o lançamento da Avon durante apresentação da pesquisa.
A substância é responsável por evitar o excesso de radicais livres que o corpo produz. Dessa maneira, há diminuição da destruição celular e, por consequência, menor formação de linhas finas e também de manchas. Fora que a vitamina C participa da produção de colágeno, que confere firmeza à derme.
Mais tarde (ou em paralelo), outros produtos podem entrar na jogada, como os formulados com ácidos e peptídeos. Isso depende da idade e da situação da pele – vale um bate-papo com o dermatologista.
“Acho bom começar a pensar na prevenção do envelhecimento a partir dos 25 anos”, aconselha Volpe. Já protetor solar deve ser aplicado desde a infância. Até porque, mais do que preservar a beleza, ele previne o câncer de pele.