Nova técnica permitirá encontrar exoplanetas ricos em oxigênio com mais rapidez

Daniele Cavalcante

Os cientistas esperam fazer grandes descobertas quando o telescópio espacial James Webb estiver ativo, e uma delas é encontrar sinais de vida em outros planetas. Para detectar bioassinaturas, será necessário “enxergar” a atmosfera desses mundos em busca de elementos essenciais à vida, tais como oxigênio. Mas o que o telescópio James Webb deve procurar para saber se um planeta tem a quantidade certa de oxigênio?

Em um novo estudo, pesquisadores encontraram uma maneira de detectar rapidamente o oxigênio em planetas: eles identificaram um forte sinal que as moléculas de oxigênio produzem quando colidem. De acordo com os cientistas, o Webb deve ser capaz de detectar esse sinal na atmosfera dos exoplanetas.

Thomas Fauchez, principal autor do estudo publicado na revista Nature Astronomy, disse que antes de seu trabalho o oxigênio em níveis semelhantes aos da Terra seria “indetectável com Webb”. No entanto, o estudo oferece uma “maneira promissora de detectá-lo em sistemas planetários próximos”. Esse sinal, diz Fauchez, “é conhecido desde o início dos anos 1980 nos estudos atmosféricos da Terra, mas nunca foi estudado para pesquisas com exoplanetas”.

Para o estudo, os pesquisadores usaram um modelo de computador para simular essa assinatura de oxigênio em um ambiente com as condições atmosféricas de um exoplaneta em torno de uma anã M – o tipo mais comum de estrela no universo, muito mais ativas que o Sol, e que geram uma luz ultravioleta intensa.

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