Emoção, arquibancadas lotadas e muita alegria marcam último dia de Desfile das Escolas de Samba, em Macapá

O Desfile das Escolas de Samba de Macapá se encerrou na manhã deste domingo, 23, na Passarela no Meio do Mundo. Após quatro anos sem carnaval, o evento voltou com tudo, mobilizando toda a população, que lotou as arquibancadas e vibrou com muita alegria e felicidade junto com sua escola do coração.

O brilho e as cores azul, branco e rosa da Associação Cultural Embaixada de Samba Cidade de Macapá abriram os desfiles da última noite de carnaval na Passarela do Meio do Mundo. O enredo apresentado teve como tema “Mazagão: A Fantástica Batalha de fé do povo que atravessou o mar”. A agremiação contou com dez alas comerciais, com 50 componentes cada, além da comissão de frente, composta por 11 componentes, três alegorias, sendo um carro e dois tripés, uma bateria com 120 ritmistas, dois casais de mestre-sala e porta-bandeira, uma ala das baianas com 25 componentes. A escola teve alguns problemas, e acabou passando pela passarela rebocada por um carro muck, mas nada que tirasse o brilho da agremiação.

“Estamos muito felizes com o resultado. Vários setores da economia se movimentaram, geramos emprego e renda, retomamos uma festa que estava sem acontecer há quatro anos. É bonito ver a população se divertindo, se emocionando com a sua escola. Carnaval é do povo, conseguimos realizar uma festa bonita, segura, responsável e democrática”, disse o prefeito.

“Agradeço imensamente toda equipe da prefeitura, que se desdobrou para fazer essa linda festa. Meu agradecimento especial também ao senador Davi Alcolumbre, que idealizou este momento, Liesap, Companhia Ítalo Todde, além de outros parceiros, como o deputado federal Vinícius Gurgel, Governo do Estado, Banco do Brasil e Governo Federal. Meu muito obrigado!”, enfatizou Clécio.

Da zona norte para o meio do mundo, a segunda escola de samba a desfilar foi Império da Zona Norte, trazendo para a passarela o enredo “Meu Jeito Tucuju”, considerado o hino do estado do Amapá, canção composta pelos compositores e poetas Joãozinho Gomes e Val Milhomen. Com 700 brincantes, abrilhantou a passarela e destacou em seu enredo a cultura do povo amapaense.

A comissão de frente da Império da Zona Norte mostrou o contexto do enredo dividido em momentos que exaltaram algumas manifestações da Amazônia amapaense. Os brincantes mostraram samba no pé e trouxeram a representatividade da mistura de índios, brancos, negros, caboclos e ribeirinhos, povos que formam a identidade do povo da Amazônia.

Fotos: Max Renê, Gabriel Flores, Henrique Silveira

Muito alegre e emocionada, a professora Rosana Oliveira elogiou a volta do desfile. “O evento está ótimo. Pelo que estamos vendo, a segurança também está excelente. Estamos conseguindo prestigiar o evento com tranquilidade, e acompanhar o desfile das escolas bem de pertinho. Nossa noite está sendo maravilhosa. A coordenação e a organização do evento estão realmente de parabéns”, declarou.

A terceira agremiação a entrar na passarela foi o Grêmio Recreativo e Cultural Academia do Samba Unidos do Buritizal, abrindo o desfile das escolas do Grupo Especial. Com o enredo “A fé nossa de cada dia: os caminhos são muitos, mas o ponto de chegada é um só”, a escola apresentou para o público presente a diversidade religiosa, mostrando que todos podem conviver em harmonia.

O carro abre-alas, denominado “A fé no peito de cada ser”, levou para a avenida a mensagem de paz e união das religiões. Já na segunda alegoria, a agremiação representou as bênçãos de Nossa Senhora Aparecida e Oxum, para que haja paz sobre os povos.

Em busca do decimo título de campeã do carnaval, o Grêmio Recreativo Maracatu da Favela foi a quarta escola a desfilar e trouxe para a Passarela no Meio do Mundo o enredo “Solos Férteis de Imensos Tesouros que Brilham como Fogo no Extremo Norte do Brasil”, fazendo um desfile que contou a história do povo tucuju e os fatores que influenciaram em sua formação. Da natureza às religiões, a escola exaltou as riquezas minerais e o raro beija-flor brilho-de-fogo.

O carnavalesco Francisco Chagas, falecido em 2015, foi lembrado e ganhou uma homenagem especial no samba, em uma passagem saudosa do enredo. Maracatu entrou na passarela com duas alegorias, dois tripés, casal de mestre-sala e porta-bandeira, sete alas e a bateria Surfista, que, pelo décimo ano, tem a frente a exuberante de Nauva Alencar.

“Eu estava sete anos longe daqui e voltei ano passado. Estou muito feliz, porque eu participei de todos os outros carnavais aqui com a minha família, e voltar, mesmo que não seja no sambódromo, está sendo muito bacana.  Estou muito feliz por ter acontecido aqui e por terem retomada essa festa tão bonita e amada pela população”, contou a foliã Cristina Tavares.

A Associação Recreativa e Cultural Escola de Samba Piratas da Batucada encerrou a segunda noite de desfile e animou o público com o enredo “Viagem à terra do Nunca”, por meio do encantamento que envolve as festividades do carnaval. A atual campeã do carnaval amapaense defendeu na avenida o título conquistado em 2015, levando aproximadamente mil brincantes, divididos em quatro setores, apresentando uma extraordinária viagem ao mundo dos sonhos, abordando a Magia de Peter Pan e buscando despertar a criança que se esconde individualmente nas pessoas e libertar a mente para a criação de um mundo especial, o sonho sonhado por cada indivíduo.

A apuração do desfile acontecerá nesta quarta-feira, 26, a partir das 16h.

Secretaria de Comunicação de Macapá

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