Atividade física é aliada do bem-estar mental durante quarentena
Psicóloga explica a importância de se exercitar durante isolamento social
Ficar em casa por tanto tempo pode ser um pesadelo pra muita gente. Quebrar a rotina, deixar de fazer as atividades com as quais o corpo já se acostumou… mesmo sabendo -e entendendo- que é necessário ficar em quietude e dentro de casa para conter o avanço do coronavírus, é normal que o corpo estranhe a mudança.
Estudante de psicologia, Arielle Reis, 21, faz um trajeto relativamente longo de 2 a 3 vezes por semana para fazer pole dance. Moradora do bairro de São Rafael, a estudante vai até Stella Maris para praticar sua atividade. O motivo é simples: Arielle sofre de ansiedade e depressão, por conta disso o confinamento é um fardo em sua rotina.
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Para minimizar as dores, ela criou uma rotina de alongamentos e exercícios físicos para fazer dentro de casa e, assim, consegue ‘negociar’ com seu corpo e sua mente a abstinência das atividades que costuma fazer no dia-a-dia.
“Pratico atividade física para ajudar na pressão cotidiana. A reclusão impediu a ida ao pole dance. A quarentena e a preocupação com o avanço do vírus me dão muita ansiedade. E praticar alongamentos pela manhã ou no final do dia tem me ajudado a relaxar. O ócio me deixa ansiosa e os alongamentos me ajudam a reduzir essa sensação”, explicou Arielle.
No isolamento social, os cuidados com o corpo não devem se resumir à forma física. A psicóloga Jéssica Sousa explica que a saúde é composta pelo bem-estar físico, mental e social.
“Nesse momento, estamos nos isolando para evitar o contágio de uma doença e manter uma saúde física. Só que o próprio isolamento social pode ser prejudicial ao nosso bem estar mental”, explica Jéssica, que também é treinadora comportamental.
A ansiedade, explica a psicóloga, é o principal fator que pode ser gerado pelo isolamento. “A ansiedade quanto ao confinamento que é incerto, que de alguma forma pode trazer riscos, prejuízos profissionais, pessoais, fora os hábitos que a gente está acostumado a viver. Então, é natural que aumente a ansiedade e o estresse na maioria das pessoas”, avalia.
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