Aliança para o Enfrentamento ao Coronavírus no Amazonas realiza força-tarefa em unidades de conservação
O objetivo é que outras Unidades de Conservação (UCs) recebam doações, atendimento médico e assistência básica durante a pandemia
Cerca de 30 comunidades foram beneficiadas com a missão da Aliança Covid Amazonas neste final de semana. A ação iniciou no sábado, dia 30 de maio, e termina hoje, 1 de junho. A Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro foi a primeira unidade a receber a força-tarefa, que também se entendeu para a RDS Puranga Conquista.
A missão é resultado de um plano de ação desenvolvido pela Aliança dos Povos Indígenas e Populações Tradicionais e Organizações Parceiras do Amazonas para o Enfrentamento do Coronavírus, coordenada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) em parceria com mais de 70 instituições e prefeituras para levar assistência básica às regiões do interior atingidas pela pandemia.
“Por meio da Aliança, trazemos para essas comunidades equipamentos, estratégias e insumos importantes para auxiliar o trabalho dos agentes de saúde locais”, pontuou o superintendente geral da FAS, Virgílio Viana, que também destacou a relevância do sistema de telessaúde, que permite que médicos orientem as comunidades à distância, inclusive com atendimento psicológico.
No total, 15 comunidades na RDS Rio Negro, que compreende os municípios de Novo Airão, Iranduba e Manacapuru, foram beneficiadas e 14 na RDS Puranga Conquista. Além da FAS, também participaram da ação as Secretarias de Estado do Meio Ambiente, da Saúde, de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, Associação de Povos e Comunidades Tradicionais da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Puranga Conquista, Prefeituras de Iranduba e Manaus, Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei), Universidade do Estado do Amazonas, Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (Funati), Fiocruz, Fundação Avina, Fundação André e Lucia Maggi, Instituto Coca-cola Brasil e Agentes Comunitários de Saúde do Rio Negro.
Entre as ações, destaque para a doação aos agentes de saúde de oxímetros, termômetros, medidores de pressão e álcool gel para auxiliar no trabalho, além de EPIs, distribuição de 1,4 mil litros de combustível para ajudar no transporte fluvial de pacientes e no abastecimento das casas de produção farinha, envio de cartazes e vídeos, cestas básicas, insumos para produção de máscaras, dentre outros.
Para a titular da Sejusc, Caroline Braz, a articulação com a FAS é fundamental para levar atendimento às populações do interior. “Se as ações fossem desconectadas, não conseguiríamos atender essas comunidades com tantos serviços diferenciados. Graças a parceria com a FAS, que possibilita toda a logística, conseguimos trazer doações e garantir saúde e dignidade para que as pessoas enfrentam o coronavírus”, disse a secretária.
O secretário da Sema, Eduardo Taveira, enfatiza a importância da parceria para tratar a questão da pandemia na Amazônia. “Não há outra maneira de atender a região na escala necessária sem essa parceria. A Amazônia precisava de uma conexão para enfrentar o coronavírus de forma sistêmica, e daí entrou a Aliança, que conseguiu mobilizar parceiros de diferentes áreas para minimizar os impactos da pandemia no interior do Estado”, elogiou.
Doações – A Aliança está atuando há aproximadamente dois meses com ações em prol das populações afetadas pelo coronavírus. Até o dia 28 de maio, foram mais de 24.214 pessoas beneficiadas em 32 municípios amazonenses. Já foram doadas 2.289 cestas básicas, sendo 1.500 da Fundação André e Lucia Maggi, 11.500 máscaras, 6.900 kits de higiene, sete de agentes de saúde foram capacitados e 54 de atendimentos em telessaúde realizados, 7.000 litros de combustível, 7.500 máscaras, 3 unidades de oxímetros e 520 testes rápidos e 160 kits de equipamentos de proteção individual para profissionais de saúde.
A secretária de Estado de Saúde, Simone Papaiz, reconheceu a importância do envolvimento do poder público e instituições como a Fundação Amazonas Sustentável: “O Estado precisa estar apto para oferecer mecanismos que permitam atender não apenas quem mora em centros urbanos. Porém, em uma situação de pandemia como a que estamos enfrentando, iniciativas como essa da FAS e dos parceiros que compõe o Aliança, tornam-se fundamentais. Vivemos um momento em que a união de esforços vai nos permitir diminuir os danos causados pela Covid-19”, afirmou.
Sobre a Aliança
A “Aliança dos Povos Indígenas e Populações Tradicionais e Organizações Parceiras do Amazonas para o Enfrentamento do Coronavírus”, coordenada pela FAS, tem o apoio de 69 parceiros, entre instituições públicas e privadas, empresas e prefeituras. Os recursos arrecadados pela articulação são utilizados para atender as particularidades de cada região do Amazonas no combate à Covid-19. As doações, em dinheiro ou materiais, podem ser feitas através do sitecontato.