Sem amistosos, Pia valoriza períodos de treinos da seleção feminina

Pandemia restringe viagens, dificultando a realização de confrontos

A seleção brasileira feminina de futebol encerra nesta terça-feira (27), na cidade de Portimão, em Portugal, o segundo período de treinamentos desde o começo da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Diferente de setembro, quando reuniu apenas jogadoras que atuam no Brasil na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), desta vez a técnica Pia Sundhage chamou somente atletas que jogam na Europa, nos Estados Unidos e na China.

A estratégia foi adotada devido às restrições para viagens internacionais, que dificultam a realização de amistosos. Apesar da impossibilidade de atuar contra outros rivais, a treinadora considera positiva a oportunidade de estar com as atletas e fazê-las entender o padrão de jogo concebido para a seleção. Nos dois períodos, foram 45 convocadas ao todo.

“Esses dois períodos de treinos foram muito importantes. Tivemos muitos dias juntos [18, sendo nove no Brasil e nove em Portugal], que foram diferentes. Aqui na Europa, a intensidade foi um pouco maior. No fim das contas, as duas convocações trabalharam nossa ideia de jogo. O objetivo é que todas estejam na mesma sintonia, em ideia de jogo e intensidade”, afirma Pia, em entrevista coletiva por videoconferência.

Sem amistosos, a técnica colocou em prática o trabalho em Portimão em um jogo-treino com as 21 convocadas para os treinos na Europa, mais dois jogadores do time sub-17 masculino do Portimonense, clube local. Pia aproveitou para testar atletas em diferentes posições, como já fizera em setembro, em Teresópolis. Na atividade do último domingo (25), as atacantes Maria (Juventus, da Itália) e Mylena (Famalicão, de Portugal) atuaram como laterais.

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Na Granja Comary, a atacante Chu (Ferroviária) também foi observada no setor defensivo. Ao contrário da Copa do Mundo, em que podem ser convocadas 23 atletas, na Olimpíada de Tóquio (Japão), só poderão ser chamadas 18 jogadoras.

“Jogaremos muitos jogos em pouco tempo. Seria excelente termos atletas que podem atuar em diferentes posições. O mais importante é que elas adquiram essa habilidade. Jogadoras que possam fazer isso [mudar de posição] durante o jogo é algo que nós, técnicos, sempre gostamos de ter para trabalhar taticamente”, explica.

Devido à pandemia, a seleção feminina ainda não tem partidas marcadas. Em 2020, a equipe de Pia Sundhage atuou três vezes, com uma derrota (1 a 0 para a França) – a primeira sob comando da sueca – e dois empates (0 a 0 com a Holanda, 2 a 2 com o Canadá). Todos os confrontos foram pelo Torneio Internacional da França, em março.

EBC

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