Lava Jato deixa de existir no Paraná e passa a integrar Gaeco, diz MPF

Jéssica Otoboni e Leonardo Lellis

A equipe da Operação Lava Jato no Paraná passa nesta semana a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Federal (MPF). Apesar do fim da força-tarefa paranaense, alguns integrantes vão atuar no Gaeco para prosseguir com os trabalhos, segundo o MPF.

A partir de agora, o Gaeco conta com nove membros, sendo que cinco deles se dedicam aos casos que antes cabiam à força-tarefa da Lava Jato — a operação chegou a contar com 14 procuradores dedicados às investigações em Curitiba. A mudança reflete um arranjo promovido pela Procuradoria-Geral da República, que também incorporou a Lava Jato no Rio de Janeiro ao Gaeco — o braço paulista da operação já havia sido encerrado em setembro de 2020.

A Operação Lava Jato, considerada a maior investigação da história do Brasil, começou em 17 de março de 2014. Até hoje, ela contou com:

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79 fases
1.450 mandados de busca e apreensão
211 conduções coercitivas
132 mandados de prisão preventiva
163 mandados de prisão temporária
130 denúncias
533 acusados
278 condenações
735 pedidos de cooperação internacional

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), mais de R$ 4,3 bilhões já foram devolvidos por meio de 209 acordos de colaboração e 17 de leniência. Desse montante, R$ 3 bilhões foram destinados à Petrobras, R$ 416,5 milhões aos cofres da União e R$ 59 milhões à 11ª Vara da Seção Judiciária de Goiás.

“Ainda há muito trabalho que, nos sendo permitido, oportunizará que a luta de combate à corrupção seja efetivamente revertida em prol da sociedade, seja pela punição de criminosos, pelo retorno de dinheiro público desviado ou pelo compartilhamento de informações que permitem que outros órgãos colaborem nesse descortinamento dos esquemas ilícitos que assolam nosso país há tanto tempo”, disse Alessandro José de Oliveira, coordenador do núcleo da Lava Jato no Gaeco.

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