Covid: entenda o risco real das variantes Delta e Delta Plus
Especialistas afirmam que as mutações põem em xeque sistemas de saúde vulneráveis, embora os vírus não sejam mais letais
A variante Delta do novo coronavírus ativou alertas em todo o mundo devido à sua tendência de se tornar global em comparação com outras. Mas qual é seu risco real? Ela é mais letal e desafia as vacinas?
O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou na sexta-feira (2) que esta linhagem particular do vírus, já detectada em 98 países, está fazendo a pandemia entrar em um momento “muito perigoso”.
O biólogo e político etíope afirmou que a Delta “está se tornando rapidamente dominante” porque é mais contagiosa do que as variantes detectadas anteriormente e que “nenhum país é completamente seguro”, porque ela pode continuar a sofrer mutações.
Entretanto, de acordo com especialistas consultados pela Efe, o alerta mundial decorre de uma questão de proporções populacionais – que mais uma vez põe em xeque muitos sistemas de saúde vulneráveis e em colapso -, e não do aumento da letalidade do vírus.
De onde vêm as variantes Delta e Delta Plus?
Julián Villabona-Arenas, pesquisador da London School of Hygiene & Tropical Medicine (LSHTM), disse à Agência Efe que a “variante Delta (B.1.617.2) foi detectada pela primeira vez na Índia em fevereiro”, embora a OMS tenha dados sobre ela desde o final de 2020.
Os cientistas nomearam “uma versão ligeiramente diferente da variante Delta” como “Delta Plus”, que, segundo Villabona-Arenas, tem “uma mutação adicional – a K417N – que afeta a proteína que se liga às células que infecta”.
Sobre esta pequena variação, a Public Health England, a agência de saúde pública do Reino Unido, tem registros desta pequena variação desde pelo menos abril deste ano.
A OMS, como disse Tedros nesta sexta, chamou este conjunto como uma variante de preocupação, ou seja, uma linhagem de coronavírus que precisa de maior vigilância epidemiológica por causa de sua distribuição mundial.
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