Crime hediondo: MP-AP tem tese acatada e réus por homicídio são condenados a 14 anos de reclusão
Na terça-feira (24), no Plenário do Fórum de Santana, o Ministério Público do Amapá (MP-AP), por meio da 1ª Promotoria de Justiça Criminal da Comarca, teve tese acatada pelo Tribunal do Júri da cidade, que resultou na condenação dos réus Calebe Nascimento de Lima, 19 anos, e Jamilly Silva da Silva, 18 anos, a 14 (quatorze) anos de reclusão no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), além da pena de quatro meses de prestação de serviços à comunidade, por uso de entorpecente, para Calebe. O MP-AP foi representado pelo promotor de Justiça Horácio Coutinho e o julgamento presidido pela juíza Marina Lustosa Vidal. A sentença por crime hediondo foi proferida em razão do homicídio de Algerri Alves da Silva, 25 anos, em janeiro de 2021, no município.
A denúncia do MP-AP, assinada pelo promotor de Justiça Horácio Coutinho, conforme autos do Processo Nº 0000339-60.2021.8.03.0002, foi embasada no Inquérito Policial (IP) e Auto de Prisão em Flagrante (APF), da 1° Delegacia de Polícia Civil de Santana, que consta ainda que o condenado portava 3 gramas de substância entorpecente, o que atenuou sua pena. A autoridade policial prendeu Calebe no dia seguinte ao crime. Jamilly foi presa em abril de 2021 e confessou sua participação no homicídio. Os custodiados já se encontravam no Iapen, onde permanecerão para cumprimento da pena.
Entenda o caso
Conforme a denúncia do MP-AP, Algerri trabalhava como motorista de aplicativo e já havia prestado serviço ao casal de condenados diversas vezes. No dia do crime, 17 de janeiro de 2021, com o assassinato já premeditado, a vítima foi chamada por Jamilly para uma corrida, por mensagem enviada por whatsapp do telefone de dela.
Segundo a apuração dos fatos, ao chegar na Travessa 13, Bairro Provedor II, em Santana-AP, o motorista transportou o casal até a Rua Ubaldo Figueira, mesmo Bairro, quando Calebe, que se encontrava no banco de trás do veículo, sem que a vítima tivesse chance de defesa, efetuou dois disparos de arma de fogo, do tipo pistola, que atingiram a cabeça de Algerri. Os tiros causaram morte por traumatismo cranioencefálico, no dia 19 de janeiro de 2021, por volta das 2h, já no Hospital de Emergências de Macapá.
Ainda segundo os autos, testemunhas presenciaram, após o crime, o casal conversando sobre o ocorrido e no planejamento para uma fuga. As investigações apontaram que Algerri foi executado por ordem que partiu de dentro do Iapen, de uma Organização Criminosa (Ocrim), que Calebe integra.
“Os réus foram condenados por crime hediondo, sem qualquer chance de defesa da vítima. A Justiça foi feita, resultado do trabalho do MP-AP e da Polícia Civil. Parabenizo a magistrada pela condução e o Júri pelo resultado justo. Continuamos atuando em defesa da sociedade Santanense”, frisou Horácio Coutinho.
Por Elton Tavares/MPAP