Museu Nacional recebe doação de moluscos do Museu de Coimbra

Exemplares integrarão o setor de malacologia da instituição brasileira

O Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), recebeu mil exemplares de uma coleção de moluscos do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, em Portugal. Os exemplares integrarão o Setor de Malacologia do Departamento de Invertebrados da instituição brasileira e servirão de base comparativa para as pesquisas realizadas pelo Museu Nacional. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (1º).

A ideia da negociação surgiu a partir de um diálogo entre um ex-aluno do Museu Nacional, que trabalhou na instituição e agora reside em Portugal, e o professor e curador do setor de Malacologia, Alexandre Dias Pimenta. O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, está em Portugal para receber oficialmente a doação.
Segundo Kellner, trata-se de um gesto que carrega um simbolismo: “A Universidade de Coimbra saiu das palavras e partiu para ação como ajuda concreta. Isso nos entusiasma, pois temos a certeza que mais instituições dessa nação, com a qual temos tanta ligação, vão fazer o mesmo”.

Coleção de moluscos
A Coleção de Moluscos do Museu Nacional tem origem no final do século XIX e contava com mais de 40 mil lotes catalogados com representantes de espécies terrestres, de água-doce e marinhas, inclusive de mar profundo, do Brasil e do mundo. Agora, com a doação de cerca de 40 a 50 espécies diferentes, permitirão novas pesquisas e em breve a disponibilização ao público, em exposições.

Incêndio
O Museu Nacional foi destruído em um grande incêndio, na noite de 2 de setembro de 2018. Quase todo o seu acervo foi consumido pelas chamas.

Mais antiga instituição histórica do país, o Museu Nacional foi fundado por D.João VI, em 1818. É vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com perfil acadêmico e científico. Reunia pesquisas raras, como esqueletos de animais pré-históricos e múmias.

O local foi sede da primeira Assembleia Constituinte Republicana de 1889 a 1891, antes de ser destinado ao uso de museu, em 1892. No acervo, que contava com cerca de 20 milhões de itens, havia diversificação nas peças, que eram reunidas em coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia e arqueologia. Havia, ainda, uma biblioteca com livros e obras raras.

EBC

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