Maioria é contra prescrição médica para vacinação infantil, relata audiência pública
A informação foi divulgada pela pesquisa realizada pela secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo
Durante a audiência pública realizada pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (4), um consulta pública mostrou que a maioria foi contra exigência de prescrição médica para vacinação contra Covid-19 de crianças de 5 a 11 anos.
A informação foi divulgada pela secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, na audiência que acontece nesta terça.
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“A consulta pública senhores, que abrimos no dia 23 de dezembro, mostra o compromisso do governo federal com amplo debate entre o poder público e a sociedade para implementação de políticas públicas, especialmente em relação a esta agenda”, afirmou a secretária.
“Tivemos 99.309 pessoas que participaram neste curto intervalo de tempo em que o documento esteve para consulta pública, sendo que a maioria se mostrou concordante com a não compulsoriedade da vacinação e a priorização das crianças com comorbidade. A maioria foi contrária à obrigatoriedade da prescrição médica no ato de vacinação”, completou Rosana.
O formulário foi criticado nas redes sociais por apresentar perguntas ambíguas e diversos perfis acusaram as questões do negacionismo do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O Ministério da Saúde deve formalizar a decisão na próxima quarta-feira (5). Na última segunda-feira (3), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que caso os pais queiram, estes terão vacinas para imunização dos filhos, com doses o suficiente para isso.
As doses serão entregues pelo governo, que receberá cerca de 100 milhões da Pfizer em 2022, e pode ser ampliado para 150 milhões de unidades. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) havia autorizado a vacinação desde 16 de dezembro.