Amapá lamenta a partida do radialista esportivo Zé Maria Coelho

A noiícia da morte do pioneiro do rádio amapaense abalou a aociedade neste do mingo, vítima da Covid-19

Nas redes sociais diversa manifestações foram escritas pelos amigos do Zé.

Veja o que disse, Humberto Moreira

O GAROTINHO SE FOI

Pode ser uma imagem de 9 pessoas, pessoas em pé, ao ar livre e texto

Neste domingo chuvoso o Amapá perdeu um comunicador que durante anos militou com sucesso nas emissoras de rádio de Macapá. José Maria Coelho, o Garotinho, perdeu a batalha para a Covid. Ele vinha internado havia algum tempo e estava afastado do rádio. Zé Maria começou na Rádio Educadora, fazendo parte do primeiro momento daquela emissora.

Depois passou por várias emissoras A.M. e F.M.Conheci o Garotinho antes da gente entrar no rádio. Foi no Centro Educacional do Laguinho, onde fazíamos parte do movimento escoteiro da Tropa Veiga Cabral. Ele morava bem perto da sede e quando eu comecei a fazer parte do escotismo ele estava lá. Ficamos amigos, jogamos Futebol de Salão no mesmo time e participamos juntos da encenação de Cordões Juninos dirigidos por Humberto Santos.Por pouco

Zé Maria não fez parte da primeira formação do Conjunto “Os Joviais” que nós fundamos no Centro educacional em 1966. Fui para o rádio em setembro do ano seguinte depois de fazer parte do Serviço de Alto falantes chamado PRH-3. Zé Maria logo foi para a Rádio Educadora e começou uma longa carreira em emissoras da cidade.

Com o fechamento da emissora da então Prelazia o Garotinho veio para a Rádio Difusora. Mais uma vez a gente cruzava os nossos caminhos. Ele preferia os programas musicais enquanto eu me interessei mais pelo jornalismo e programas esportivos.Quando “Os Cometas” resolveram dar uma parada fui convidado pelo senhor Michel Abraão a fazer parte do conjunto “Os Milionários”. Depois que eu ingressei na banda o outro crooner, que era o Eládio Acácio, teve um sério problema na garganta e teve que passar por uma cirurgia. Quem entrou no grupo para substituir o Eládio foi exatamente o José Maria Coelho.

Depois disso o Garotinho ficou conosco e cantou na banda de Vila Amazonas durante uma temporada. Fiquei por lá até 1988 até me cansar do trajeto entre Macapá e Santana, que eu tinha que fazer quase todos os dias para ensaiar ou para cantar nos bailes. Não demorou muito para o Lucivaldo me convidar para “Os Setentrionais” onde cantei com o meu amigo Carlitão, já que Rodolfo Santos estava de saída de mudança para Tucuruí. Para o seu lugar foi chamado José Maria Coelho. Lá estávamos nós nos palcos outra vez.Enquanto a gente engrenava nos grupos musicais, as atividades no rádio continuavam.

Com o surgimento das emissoras FMs eu fui para a Antena Um e não demorou para o Garotinho começar a apresentação de programas de entretenimento nos fins de semana. E ele fez isso com maestria por longos anos. Tanto que resolveu parar com o canto, para dar mais atenção às suas atividades radiofônicas. Por minha vez segui nos “Setentrionais” onde gravamos um compacto duplo e fizemos bailes e apresentações nos quatro cantos do Estado. Quando saí do grupo disse que não queria mais estar na noite.

Fiquei um tempinho fora até Vanildo Leal me convidar para a Banda Brind’s. Voltei e estou por aí até hoje. Já o Zé Maria parou até com os programas de rádio. Já fazia algum tempo que a gente não se encontrava. Ele deixou até a equipe da Rádio Difusora de onde era originário. O domingo cinzento na cidade tinha um outro motivo além do começo do inverno.

A chuva chorava a morte de alguém que, durante décadas, fez a alegria das pessoas nos palcos e nas emissoras de rádio. José Maria Coelho voltou à casa do pai. Pelo muito que convivemos posso dizer que ele foi um grande ser humano e um profissional fantástico. Que Deus receba e ponha o nosso GAROTINHO em bom lugar. Ele merece. Luz na sua nova caminhada meu amigo.

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