Dose de reforço reduz 97 vezes a chance de morrer de covid, diz estudo
Pesquisa é do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA
Um estudo apresentado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos mostra que pessoas que não são vacinadas contra a covid-19 têm 97 vezes mais chances de morrer da doença do que as pessoas que são vacinadas e recebem a dose de reforço.
Os dados coletados em dezembro mostram que 54% das pessoas hospitalizadas por covid-19 com mais de 65 anos não são vacinadas.
O pediatra infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, afirma que são raros os casos de indivíduos com a vacinação completa desenvolverem a forma grave da covid.
O infectologista estima que aqui no Brasil cerca de 80 a 90% das pessoas internadas em UTis dos hospitais ainda não completaram o esquema vacinal.
Hoje, cerca de 165 milhões de brasileiros tomaram a primeira dose, 151 milhões receberam as duas doses ou a dose única e 40 milhões a de reforço.
Mais doses das vacinas contra a covid-19 chegaram nesta semana para o reforço na imunização.
Cerca de 8 milhões de doses serão distribuídas para todas as regiões do país.
A previsão é que todos os lotes da Janssen e AstraZeneca sejam entregues até esta sexta-feira (4).
Notícias falsas circulam na internet afirmando que os níveis de anticorpos adquiridos por aqueles já contaminados seriam os mesmos que os de pessoas imunizadas.
No entanto, Renato Kfouri alerta que ter pego a doença não significa estar protegido da forma grave da covid.
Ele afirma que dados apontam que a resposta de imunização natural não é efetiva quanto à vacina.
O Ministério da Saúde apontou que mais de 21 milhões de brasileiros estão prontos para receber a segunda dose contra a covid-19, mas ainda não retornaram ao posto para completar o esquema vacinal.
Entre os estados que apresentam o maior número de pessoas nesta situação estão São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.
Para aqueles que já tomaram duas doses da vacina ou dose única, devem procurar o calendário da secretária de saúde local para saber quando tomar a terceira dose ou de reforço. Boa parte dos postos em todo país já está aplicando essas doses.
Edição: Leila Santos / Guilherme Strozi