Território Quilombola do Maracá será a próxima região a ser contemplada com o edital do Fundo Baobá

Dando continuidade a execução do edital “Vidas Negras, Dignidade e Justiça” que integra o programa “Equidade Racial e Justiça” do Fundo Baobá, acontece nos dias 19,20 e 21 de maio, na Comunidade Quilombola de Conceição do Igarapé do Lago do Maracá, cerca de 170km de Macapá pela BR 156, mais uma etapa de Formação de lideranças e ativistas negros-quilombolas do Amapá, realizada pela Associação de Jovens Moradores e Produtores de Santa Luzia do Maruanum – AJOMPROM e a Rede de Quilombolas do Amapá.

As atividades serão para convidados e principalmente aos moradores que compõe o Território Quilombola do Igarapé do Lago do Maracá, formado pelas comunidades quilombolas do Conceição, Mari, São Miguel, Fortaleza, Laranjal e Joaquina, todas do Distrito do Maracá em Mazagão.  

No norte do Brasil, apenas o Amapá foi contemplado com o edital através da AJOMPROM, com o tema “Povos Quilombolas do Amapá, a Luta Pela Garantia e Efetivação de Direitos”. A associação, busca desenvolver o fortalecimento cultural de políticas públicas de promoção da igualdade racial no Estado do Amapá, por meio de seus projetos priorizando questões de gênero, juventude, comunidades remanescentes de quilombolas na luta pelos direitos étnicos territoriais e matriz africana, que abordam igualmente as pautas estruturais como: Educação, saúde, cultura, habitação, emprego, renda e segurança.

O projeto já passou pelas comunidades quilombolas do Maruanum e Alto Pirativa, e a próxima etapa, a AJOMPROM ao lado da Rede Quilombolas do Amapá, terá na pauta assuntos sobre as dificuldades encontradas nas comunidades do território quilombola do Maracá, como demarcações de terra, direitos e deveres, falta de acessibilidade, energia elétrica, entre outros conflitos.

A execução do projeto contempla atividades que envolvam as lideranças comunitárias participando de palestras, oficinas temáticas, cursos de capacitação, rodas de conversas e atividades culturais diversas, além de contemplar ações estratégicas de criação de mecanismos e redes de proteção, assistência para vítimas de violência racial, rede de enfrentamento à violência racial sistêmica, criação de site, elaboração de um conteúdo audiovisual, sistematização e disseminação de dados, cartografia social, orientação nas ações de defesa e proteção de direitos, engajamento de mídias nas comunidades, revisão de normas e procedimentos administrativo-financeiros; treinamentos em planejamento e gestão, monitoramento e avaliação, captação de recursos; elaboração aprimoramento de políticas internas; registro ou sistematização de registros e organização da memória institucional.
Comunicação AJOMPROMCláudio Rogério 

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