Amapá receberá R$ 607 mil do Ministério da Saúde para enfrentamento de doenças como dengue, chikungunya e zika
Recurso permitirá investimentos em ações como prevenção, capacitação de profissionais e campanhas de conscientização.
Por: Mônica Silva
O Governo do Amapá receberá do Ministério da Saúde R$ 607 mil para políticas de fortalecimento da vigilância e enfrentamento às arboviroses, que são doenças causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos, como dengue, chikungunya e zika. O valor será efetivado até o fim de 2023, em parcela única.
O recurso vai garantir que, ao longo de 2024, o Governo do Amapá invista na capacitação de profissionais, campanhas de conscientização junto à população e instalação da Sala Nacional de Arboviroses (SNA), espaço permanente para monitorar, em tempo real, os locais com maior incidência das doenças.
O acompanhamento do cenário das arboviroses no Amapá é uma ação constante da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), que já está em alerta para o início do período de intensificação das chuvas, a partir de janeiro, quando começam a aumentar os casos de viroses e patologias transmitidas por mosquitos, como o Aedes Aegypti, vetor da dengue, chikungunya e zika.
“Esse repasse também vai viabilizar a ampliação do ‘Wolbachia’, método que consiste na liberação do mosquito Aedes Aegypti com o microrganismo wolbachia na natureza, reduzindo sua capacidade de transmissão de doenças”, explicou a superintendente da SVS, Cláudia Monteiro.
Nessa época, a partir do mês de janeiro, as ações de combate às doenças são intensificadas. A população é orientada a realizar a auto inspeção em seu imóvel, eliminando os possíveis criadouros de mosquitos.
“Água parada é um ambiente favorável para reprodução do mosquito, é um fator de aumento da proliferação do mosquito. Com isso, estamos orientando os municípios para reforço das ações educativas junto à população”, explicou a gerente do Núcleo de Vigilância Ambiental da SVS, Rackel Barroso.
Em 2023, de 1º de janeiro a 4 de dezembro, o estado registrou 893 casos de dengue, 25 de chikungunya e 13 de zika.
Sobre as arboviroses
A dengue e a chikungunya têm sintomas e sinais parecidos, enquanto a dengue se destaca pelas dores no corpo, a chikungunya se destaca por dores e inchaço nas articulações. Já a zika apresenta febre mais baixa (ou ausência de febre), muitas manchas na pele e coceira no corpo.
Em caso de qualquer suspeita das doenças, a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima, imediatamente. É fundamental não tomar remédio por conta própria. A automedicação pode mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico e agravar o quadro do paciente. Somente o médico pode receitar medicamentos.
Foto: Mônica Silva/SVS
Legenda: Uma das ações para reduzir a propagação de mosquitos é evitar o acúmulo de água parada—
Secretaria de Estado da Comunicação – SECOM