Empresárias amapaenses apresentaram regionalidade e cultura na 8ª edição da Brasil Eco Fashion Week em São Paulo

Brasil Eco Fashion Week é uma plataforma que promove boas práticas do mercado e marcas, inseridas na indústria, que se desenvolvem com foco na sustentabilidade

Fernanda Oliveira

Colaboração: Denyse Quintas

As empresárias Wanderleya Gonçalves, proprietária da Camapu, e Rejane Soares, proprietária da Zwanga, foram convidadas pela organização da 8ª edição da Brasil Eco Fashion Week para participar do line-up de desfiles, salão de negócios e feira criativa, moda e beleza. As empresárias são atendidas pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Amapá, por meio do Projeto Moda e Fios Tucuju. A 8ª edição do evento ocorreu no no Centro de Convenções Frei Caneca – São Paulo/SP, no período de 13 a 15 de dezembro, das 11h às 21h.

Para a gerente da Unidade de Atendimento Coletivo – Comércio e Serviço do Sebrae (UAC-CS), Vânia Chermont, o convite feito às empresárias reforça a atuação do Sebrae Amapá, no Projeto Moda e Fios Tucuju, com a proposição de soluções que promovem o fortalecimento das iniciativas da moda autoral amapaense, e assim o posicionamento das marcas no mercado local e agora nacional.

“Apoiar essas iniciativas de moda autoral, é valorizar a identidade local e reconhecer os esforços e dedicação dos empreendedores que atuam com a criação e produção de coleções que apresentam a regionalidade e a cultura amapaense, além de promover a moda sustentável, a inovação e a economia criativa”, disse Vânia Chermont.

Autoral

A estilista de moda amazônida e convidada para participar do evento, Wanderleya Gonçalves – Leya Oliveira, como é conhecida, reforça que participar é um marco na história da marca autoral Camapu, e que também integra o Coletivo Modamazon, com a apresentação de uma coleção genuinamente amapaense no maior evento de moda sustentável da América Latina.

“A coleção que será apresentada no desfile não levará apenas moda ao evento, mas também uma mensagem poderosa sobre a importância de preservar e valorizar a Amazônia e a cultura. Com a visão criativa e sustentável, transformando a moda em uma plataforma para celebrar a ancestralidade, a natureza e a força do povo amazônico. A coleção apresentada resgata memórias da infância e da vivência com os pais”, afirmou a CEO da Camapu, Leya Oliveira. 

A designer de moda afroamazônida, segunda convidada para participar do evento, Rejane Soares, comenta que é emocionante ver a marca Zwanga ser reconhecida num desfile nacional, especialmente por ser a primeira marca afro amapaense a alcançar esse reconhecimento.

“Levar a essência, ancestralidade e a força da mulher negra amapaense para os holofotes do Brasil, este foi mais que um desfile, foi uma celebração das raízes, do trabalho coletivo, de resistência e talento que surge nas periferias, quilombos e comunidades do território amapaense. Este momento foi a prova que sonhar é poderoso, mas realizar é revolucionário”, destacou Rejane Soares.

Evento

O evento ocorre em São Paulo desde 2017, e recebe empreendedores, profissionais, estudantes e consumidores de todas as regiões do Brasil, conectados ao propósito de utilizar a moda como ferramenta de transformação. Já realizou duas edições internacionais com desfiles no Milan Fashion Week, na Itália, e apresentou marcas e produtos na feira de negócios Premium Berlin, na Alemanha. A edição de 2024 tem como tema Bioeconomia e Cooperação.

Coleções

A coleção que a marca Camapu apresentou foi intitulada de “Nas Terras do Açaí”. As peças levaram o açaí como elemento principal, e outros itens secundários que têm relação, como o paneiro. A estilista, pela primeira vez, também explorou o tingimento natural nas peças, a partir de cascas de cebola e o açaí, o que gerou uma paleta de cores autênticas.

A Leya Oliveira, complementou a coleção com acessórios produzidos com sementes de açaí, palha e folhagens. Essas peças foram feitas com base nas criações da Wanderleya, com um trabalho coletivo das artesãs Mapige Gemaque, Rita Gonçalvez e Edna de Nazaré.

A Zwanga levou a coleção Afroamapalidade. As peças foram produzidas a partir de retalhos das três (3) últimas coleções da marca. O intuito foi mostrar o que foi desenvolvido no mundo da moda afroamazônida há 11 anos.

Coordenação

A ação tem o apoio e condução da gerente da Unidade de Atendimento Coletivo – Comércio e Serviço do Sebrae no Amapá (UAC-CS), Vânia Chermont.

Serviço

Sebrae no Amapá

Unidade de Marketing e Comunicação

O que você pensa sobre este artigo?

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.