Merkel promete ajudar França na luta contra o terrorismo do EI
Chanceler federal alemã sustenta solidariedade ao presidente francês e diz que “Estado Islâmico” tem de ser derrotado militarmente. François Hollande espera que a Alemanha possa “se envolver mais” no Iraque e na Síria
Em Washington, encontro com o presidente dos EUA, Barack Obama, na terça-feira, para em seguida retornar a Paris e dialogar com a chanceler federal alemã, Angela Merkel, além de uma visita agendada a Moscou e ao líder russo, Vladimir Putin, para esta quinta-feira. O presidente da França, François Hollande, está em turnê num esforço para estruturar uma coalizão para combater a organização terrorista do “Estado Islâmico” (EI).
Nesta quarta-feira (25/11), Hollande e Merkel se encontraram na Praça da República, local que se tornou principal ponto para homenagens após os ataques de 13 de novembro na capital francesa. Merkel depositou flores, comprometeu-se “agir rapidamente” na luta contra o EI e prometeu completa solidariedade ao presidente francês.
“Nós temos um inimigo em comum: o terrorismo. O ‘Estado Islâmico’ não será convencido por meio de palavras. Ele tem de ser derrotado militarmente”, disse a chanceler federal alemã, ressaltando, porém, que cortar o fluxo de receitas ao EI deve ser o ponto central de uma estratégia conjunta.
Já Hollande disse que espera que a Alemanha possa “se envolver mais” no Iraque a na Síria. “Caso a Alemanha consiga dar um passo adiante, seria um ótimo sinal”, afirmou. O presidente francês, porém, não apresentou reivindicações específicas.
Apesar de especulações na imprensa alemã, o governo de Berlim, até agora, procurou oferecer assistência militar em missões de paz em outras regiões do mundo. Antes do encontro dos dois líderes em Paris e depois do ataque contra um hotel em Bamako, no Mali, a Alemanha se comprometeu a enviar 650 soldados ao país africano para aliviar as tropas francesas que estão combatendo radicais islâmicos. Hollande saudou a medida.
“Controle das fronteiras não está suficientemente garantido”
Merkel também aproveitou para lamentar que o controle das fronteiras externas da União Europeia (UE) “não esteja suficientemente garantido” e insistiu que a Europa alcance um entendimento com a Turquia para pôr ordem no fluxo de refugiados. Ela reiterou que é necessário “encontrar uma solução humanitária” para os refugiados que fogem da guerra e do terrorismo do EI na Síria e no Iraque.
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