Música, arte e legado de Chico Mendes marcam Seringal Cultural, em Rio Branco
Um grande encontro de artistas acreanos marcou o Seringal Cultural, realizado na noite de sexta-feira, 22, no Centro Cultural Lydia Hammes. O evento – promovido na data que marca o assassinato de Chico Mendes, em 1988, em Xapuri – encerrou a semana de atividades que leva o nome do líder seringueiro.
No palco, estiveram nomes como Pia Vila, Clenilson Batista, Álamo Kário, Monteirinho, Mara Santos, Zé Jarina, Alberan Moraes, Zé do Coco, Diogo Soares, Maracatu Nação Pé Rachado, Jabuti Bumbá e convidados, todos acompanhados pelos integrantes da Mini Orquestra do Absurdo.
“É uma satisfação muito grande estar aqui ao lado dessa galera, fazendo essa iniciativa, e celebrando o nome e legado de Chico Mendes”, destacou Pia Vila.
Já a cantora Mara Santos falou sobre a empolgação em cantar a música Zumbi Chico, do Los Porongas, ao lado do vocalista da banda Diogo Soares. “É uma canção que pude performer há muitos anos no Show de Calouros, da TV Aldeia, e hoje estou aqui cantando de novo, neste momento muito especial, ao lado de artistas que admiro muito”, afirma.
Ângela Mendes, responsável pelo Comitê Chico Mendes, e também filha do seringalista, ressaltou a importância do momento para o Acre: “Apesar de hoje ser uma data que marca a morte de Chico, estamos comemorando a vida. Nós do comitê falamos que o Chico vive, e hoje é para ser uma noite alegre, de celebração e reflexão sobre tudo o que ele nos deixou”.
O diretor-presidente da Fundação Garibaldi Brasil, Sérgio de Carvalho, aponta o motivo da escolha do Lydia Hammes para o Seringal Cultural. ” O movimento do Chico sempre foi nas periferias, e conversando com a organização, pensamos que é de grande valia continuar com esse legado. É importante descentralizarmos cada vez mais cultura, por isso viemos para cá”, explica.
Márcia Moreira