Unifap completa 28 anos de serviços à educação superior e ao desenvolvimento do Amapá
A Universidade Federal do Amapá (Unifap) comemora 28 anos nesta sexta-feira, 2. A Instituição foi criada em 2 de março de 1990 e nasce a partir de um núcleo avançado de ensino da Universidade Federal do Pará (UFPA). Atualmente, a Unifap possui quatro campi em funcionamento, nos municípios de Macapá, Santana, Mazagão e Oiapoque. A Instituição tem, ainda, um polo de educação à distância em Vitória do Jari, em parceria com a prefeitura local, estando presente, dessa forma, de norte a sul do Amapá.
A comunidade acadêmica da Unifap é composta por mais de 14.000 pessoas, sendo cerca de 11.470 acadêmicos em 43 graduações presenciais, 830 estudantes em sete cursos de graduação à distância, aproximadamente 350 alunos matriculados nos programas de pós-graduação (mestrado e doutorado), mais de 200 professores do ensino básico que cursam as graduações do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), 636 docentes e 506 técnicos administrativos, além dos matriculados em diversas especializações (presenciais e EAD).
Para a reitora da Unifap, Eliane Superti, a Universidade tem um papel protagonista no crescimento do Amapá e a Instituição sempre esteve vinculada às necessidades e eixos de desenvolvimento socioeconômico do estado.
“A Unifap nasce, primeiro, com a função de formar os professores para atuar no estado recém-criado; (…) na medida que outros eixos de desenvolvimento foram sendo amadurecidos, a Universidade sempre buscou mecanismos para dar resposta às demandas da nossa sociedade, na formação de profissionais e construção de conhecimentos científicos, então existe uma sintonia muito forte entre os 28 anos da nossa Instituição e os últimos 28 anos de construção do estado do Amapá e isso é um dos nossos principais legados”, observa Eliane Superti.
A vice-reitora, Adelma Barros-Mendes, também enfatiza o protagonismo da Unifap no desenvolvimento do Amapá. ” Em um estado cujo índice de desemprego é o maior entre os demais no Brasil, a completar 28 anos, vejo a Unifap como promotora de mudança de vidas. É graças a ela que milhares de jovens, amapaenses ou não, mudaram suas histórias para melhor. Digo que podemos sonhar com o desenvolvimento e crescimento da pesquisa, da tecnologia, da indústria e da educação como um todo, e nisso a Unifap é a principal protagonista!”, afirma.
Futuro ̶ Eliane Superti acredita que o futuro da Unifap aponta para o avanço da atuação da Instituição nas áreas de ciências agrárias e da inovação & tecnologia. Na área rural, a Universidade tem em andamento um projeto para implantar um campus voltado para as ciências agrárias em Mazagão.
Outro viés é o da tecnologia e inovação. “A Unifap sempre teve um protagonismo muito forte no desenvolvimento do conhecimento, mas hoje já se percebe que, para além disso, precisamos criar a tecnologia e aplicar aos problemas sociais, econômicos, políticos. Esse novo mestrado que foi recém aprovado [Mestrado Profissional em Rede Nacional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação] coloca a Universidade como capaz de dar respostas do ponto de vista da inovação e da tecnologia no âmbito das questões sociais, de desenvolvimento de produção para o mercado e do poder público”, ressalta.
Breve Histórico
A Fundação Universidade Federal do Amapá iniciou suas atividades em 1970 como Núcleo Avançado de Ensino (NEM), vinculado à Universidade Federal do Pará (UFPA), com a oferta de aproximadamente 500 vagas voltadas para o magistério, implantando, assim, o ensino superior no Amapá.
Na década de 1990, cria-se, de fato, a Unifap, autorizada por meio do Decreto n.º 98.977, de 2 de março de 1990. O primeiro Estatuto da Universidade foi aprovado em 9 de agosto de 1990. Em 1991, com a nomeação de um reitor pro tempore, a Instituição realiza o primeiro vestibular para os cursos de Direito, Secretariado Executivo, Geografia, História, Matemática, Letras, Educação Artística e Enfermagem.
O primeiro campus universitário fora da sede, em Macapá, foi o de Santana, criado em 2005 e entrando em funcionamento com o curso de Arquitetura e Urbanismo. Atualmente, o campus oferta quatro graduações: Filosofia, Letras, Pedagogia e Química.
Em 2007, foi criado e implantado no Campus Norte, localizado no município de Oiapoque (AP), o curso de Licenciatura Intercultural Indígena, que foi transformado, em 2013, em Campus Binacional. Neste mesmo ano, foram criados sete novos cursos de graduação (Letras-Francês, História, Geografia, Pedagogia, Ciências Biológicas, Direito e Enfermagem).
O campus Mazagão funcionou de 2010 a 2013 como o local de funcionamento do curso de Licenciatura em Educação do Campo do Programa Procampo. Em 2014, passou a ofertar a graduação na modalidade presencial, com 120 vagas voltadas especificamente para pessoas que integrem comunidades rurais, quilombolas, indígenas, entre outros.
Unifap em números
ENSINO – GRADUAÇÃO:
– 44 cursos regulares de graduação em 4 cidades do Amapá: Macapá, Santana, Mazagão e Oiapoque;
– Cerca de 13.200 acadêmicos atendidos nos cursos presenciais e à distância;
– 7 cursos de graduação à distância;
– Mais de 200 alunos no Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), que atende professores da rede pública que já estão em sala de aula e ainda não tinham uma graduação. Mais de 1.000 professores obtiveram o diploma de nível superior desde o início do programa na Unifap;
PÓS-GRADUAÇÃO (stricto sensu):
– 11 Programas de Pós-graduação, sendo 2 com curso de doutorado, 1 com curso de mestrado e doutorado e 9 com cursos de mestrado;
– Aproximadamente 350 alunos matriculados nos mestrados e doutorados (até dezembro/2017);
– Em 2018, será ofertado o Mestrado Profissional em Rede Nacional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação (Profnit)
EXTENSÃO
– Assistência estudantil com mais de 10.680 auxílios disponibilizados em 2017 (Bolsa-trabalho, Bolsa Permanência, Auxílio Moradia, Auxílio Alimentação, Auxílio Transporte, Auxílio Fotocópia, Auxílio Deficiência, Auxílio Creche e Bolsa Atleta);
– Em média, 1.040 refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar) servidas no Restaurante Universitário (RU);
– Programa Institucional de Bolsas à Extensão Universitária (Pibex): 70 bolsas concedidas para 37 projetos de extensão (edital 2018);
– Cursos livres de extensão (Inglês; Espanhol; Libras; Cursinho pré-vestibular; Informática básica; Esporte & Lazer);
Diversos programas socioculturais:
– Programa de Suporte a Estudantes de Graduação – Pró-estudante;
– Programa de Cultura (Procult);
– Universidade da Mulher –UNIMULHER;
– Universidade da Maturidade – UMAP;
PESQUISA
– 835 projetos de pesquisa cadastrados;
– 131 Grupos de Pesquisa;
– 196 bolsas de iniciação científica (em 2017);
– 2 patentes registradas;
– 8 pedidos de patentes depositados;
ALGUMAS REALIZAÇÕES DO ÚLTIMO SEMESTRE:
– Entrega da pista de atletismo, com dimensões e características recomendadas pela Confederação Brasileira de Atletismo, e do campo de futebol
– Processo de revisão do Estatuto, previsto para finalizar neste semestre;
– Aprovação de mais um mestrado: Mestrado Profissional em Rede Nacional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação;
– Celebração de acordo de cooperação com a UFPA para disponibilizar vagas especiais aos docentes da Instituição nos cursos de doutorado da universidade paraense;
– Início das obras de ampliação do Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas do Amapá (Cepap), primeira parceria público-privada da Unifap;
– Realização de concurso para contratação de professores efetivos e substitutos;
– Oferta de mais cinco cursos de graduação à distância, com 705 novas oportunidades de acesso ao ensino superior;
– Edital de incentivo à qualificação para servidores técnico-administrativos;
– Tramitação de processos internos via digital, gerando economia de insumos e desenvolvendo a cultura da sustentabilidade.
Jacqueline Araújo
Jornalista – DRT 2633/PA