Bolsonaro chega a Brasília e faz aceno ao Supremo

Presidente eleito deve se reunir nesta quarta-feira com o chefe do Supremo para pedir que trabalhem juntos; Escola Sem Partido deve ser ponto de atrito

Nove dias depois de eleito presidente, Jair Bolsonaro (PSL), deixa às 7h desta terça-feira o Rio de Janeiro para uma sessão solene de homenagem aos 30 anos da Constituição que marca seu retorno a Brasília. O time de transição, anunciado ontem, conta com 27 pessoas (todos homens), cinco deles nomeados pelo governo Michel Temer e 22 pelo time do futuro presidente. Entre eles estão o economista Paulo Guedes, o astronauta Marcos Pontes, o general Augusto Heleno e o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), nomeado ministro extraordinário à frente da transição.

Entre as primeiras missões de Bolsonaro estão duas reuniões previstas para esta quarta-feira: com Temer e com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. Em entrevista à TV Band, ontem, o novo presidente afirmou que vai pedir para trabalharem “juntos”, uma vez que, segundo ele, não adianta aprovar algo para depois o Supremo derrubar a decisão.

Bolsonaro fazia referência a um dos pontos mais polêmicos de sua plataforma de governo, a defesa do projeto de lei batizado de Escola Sem Partido. O projeto, em tramitação na Câmara desde 2014, e perto de ir à votação em Comissão Especial, dá precedência aos valores familiares sobre a educação escolar em temas como educação moral, sexual e religiosa. Segundo estudiosos em educação, é uma porta aberta para a censura contra professores em sala de aula, uma vez que seus principais defensores argumentam ser necessário barrar a “doutrinação” política e sexual nas escolas.

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