Falta de investimento em cidades prejudica turismo brasileiro
Redes sociais ajudam na divulgação, mas pontos turísticos sofrem com más condições de serviços públicos
O turismo no mundo só cresce, de acordo com a Organização Mundial do Turismo. Em 2017, esse aumento foi de 7% em relação ao ano anterior. No mesmo ano, no Brasil, registrou-se o maior número de entradas de estrangeiros no País da história: 6,5 milhões de pessoas, uma alta de 11,1% em relação a 2016. O potencial turístico brasileiro é muito alto, mas ainda desperdiçado. Para falar sobre o assunto, o Jornal da USP no Ar conversou com a professora Mariana Aldrigui, do curso de Lazer e Turismo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP Leste.
O Brasil nos últimos anos, segundo a especialista, presenciou um aumento no poder econômico da população, que possibilitou a compra de smartphones e acesso à internet, tendência que não perdeu força mesmo com a crise. Para Mariana, a influência que as redes sociais e suas postagens tem sobre o consumidor é inquestionável e foi responsável pela descoberta de novos pontos turísticos de fácil acesso, o que permitiu maior intercâmbio de recursos.
As redes sociais viraram fator determinante para lotar ou esvaziar um ponto turístico e respondem à busca do público por “experiências exclusivas”, gerando o overtourism, quando existe um volume de pessoas muito maior do que a capacidade suportada pelo local. A professora afirma que esse fenômeno não ocorre no Brasil com a mesma intensidade que em cidades europeias, como Amsterdã, Barcelona e Veneza, que recebem mais turistas sozinhas do que todo o território brasileiro. Sobre a quantidade de entrada de estrangeiros no País, Mariana comenta que os números são embaraçosos e não aumentam significativamente desde os anos 2000.
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