Queimadas disparam, mas multas do Ibama por incêndios estão em quedas

Amazonas, Roraima e Mato Grosso lideram o ranking de estados em que o órgão aplicou mais multas por incêndios e queimadas ilegais este ano

Bárbara Libório

Até 19 de agosto deste ano, o Brasil registrou 72,8 mil focos de incêndio, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa um aumento de 83% em relação ao mesmo período do ano passado e é o maior em sete anos. Especialistas afirmam que não há nada de anormal no clima atual que justifique o aumento natural dos focos de incêndio em um período tão curto de tempo. E o aumento no número de queimadas, segundo levantamento de ÉPOCA, coincide com a queda dos registros de multas do Ibama, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, por incêndios e queimadas ilegais.

Em 2019, segundo registros do órgão, já foram 73 autos de infração motivados pela destruição de hectares de vegetação nativa ou pelo impedimento de sua regeneração com o uso do fogo. Em 2018, no mesmo período, foram registrados 83 casos. Mas desde 2014, o número de infrações tem tendência de queda. Em 2018, foram 170, enquanto em 2014 ultrapassaram 400. Para a pesquisa, a reportagem procurou pelos termos “fogo”, “incêndio” e “queimada” na descrição dos autos de infração.

Este ano, um quinto (20%) das infrações aconteceram no estado do Amazonas. Outro, no estado de Roraima (20%). Logo em seguida aparece o Mato Grosso. Os estados são, historicamente, os que mais sofrem com o fogo ilegal. Analisando os números dos últimos três anos completos (2016, 2017 e 2018), o campeão de infrações foi o Mato Grosso, seguido por Pará e Amazonas.

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