Buraco de grandes proporções na camada de ozônio se fecha no Ártico

Anúncio foi feito pelos pesquisadores do Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus, baseado na Europa, que descartou relação com distanciamento social

A camada de ozônio no Ártico demonstra sinais claros de regeneração, segundo observou a equipe do Serviço de Monitoramento Atmosférico da rede européia Copernicus. Conforme a publicação, um buraco que estava no polo, sem precedentes em tamanho e duração, se fechou.

O fenômeno é considerado raro porque o buraco no ozônio costuma ocorrer no Polo Sul, onde a estratosfera é naturalmente muito mais fria. Em geral, as condições para a destruição do ozônio nesses níveis não existem no Polo Norte.

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Em fevereiro deste ano, o forte e estável vórtice polar —, corrente de alta altitude que mantém o ar frio ao redor do Ártico —, causou a concentração de mais produtos químicos que destroem a camada de ozônio, que, somados ao frio extremo, criaram as condições para esse buraco sem precedentes.

O fechamento do buraco, segundo a Copernicus, não tem nada a ver com a redução da poluição diante do confinamento em grande parte do mundo numa tentativa de conter a pandemia de coronavírus. Isso foi possível graças à dissolução do vórtice polar, que se dividiu em dois, e à “onda de calor” que o Ártico sofreu na semana passada, com temperaturas até 20ºC acima do normal para esta época do ano.

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