Universidades Federais do PA e AM derrubam veto de Milton Ribeiro e vão exigir passaporte da vacina

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – As Universidades Federais do Amazonas (Ufam) e do Pará (UFPA) derrubaram, na tarde desta quinta-feira, 30, o veto do ministro da Educação, Milton Ribeiro, que proibiu as Instituições Federais de Ensino do Brasil de exigir o “passaporte da vacina” para o retorno das atividades educacionais presenciais. Em comunicado, os dois maiores centros universitários do Norte do País confirmaram que manterão obrigatória a apresentação do cartão de vacinação contra a Covid-19.

A ação do Ministério da Educação atende aos anseios do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem atacado as medidas propostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e minimizado a importância de se vacinar contra a Covid-19, em meio ao avanço da variante Ômicron pelo País, mesmo com autoridades sanitárias do mundo todo recomendando a imunização.

Vetar o passaporte da vacina nas instituições federais, contudo, não é uma opção para a Ufam e a UFPA. Pela decisão da universidade amazonense, tomada pelo Conselho Universitário (Consuni/Ufam), o colegiado considera o “quadro epidemiológico nacional e regional e a situação vacinal da Ufam”, cujo parecer foi aprovado por unanimidade pelo Comitê Interno de Enfrentamento à Covid-19.

A medida vale para todo o corpo docente, discente, técnico-administrativo e terceirizados, assim como para todos aqueles que necessitarem de acesso aos serviços oferecidos pela universidade. A reunião foi presidida pela reitora em exercício da Ufam, professora Therezinha Fraxe, e a relatoria foi feita pelo professor Edson de Oliveira Andrade.

Ciência
Na UFPA, a reitoria da instituição lembra, em nota oficial, o combate à pandemia do novo coronavírus desde o surgimento do vírus, alicerçado no conhecimento científico nacional e internacional, que levou a universidade suspender as atividades presenciais, em diferentes momentos da Covid-19, e garantiu o retorno pleno à sala de aula.

Ainda segundo a UFPA, foi também com base na ciência que o Conselho Superior de Administração da universidade deliberou, no dia 14 de dezembro deste ano, pela exigência do passaporte vacinal a todas as pessoas da comunidade. No comunicado, a instituição critica a exigência do Ministério da Educação e informa que, em nenhum momento, explicita o fundamento científico da autorização de frequência às aulas por pessoas que recusam a vacinação. 

“Em respeito à ciência, à autonomia universitária e ao compromisso com a defesa da vida, a UFPA continuará requerendo das(os) alunas(os) e servidoras(es) a apresentação do comprovante de vacinação e buscará implementar as providências adicionais previstas na Resolução 1533/2021 do Conselho Superior de Administração”, anunciou a UFPA.

Confira a nota completa aqui.

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