Rússia mata 19 com mísseis perto de Odessa, após abandonar ilha
Kremlin nega ter atacado civis
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Reuters
A Rússia fez chover mísseis perto da cidade portuária ucraniana de Odessa, no Mar Negro, nesta sexta-feira (1º), atingindo um prédio de apartamentos e um resort e matando pelo menos 19 pessoas. A informação foi dada por autoridades ucranianas, horas depois que tropas russas foram expulsas da Ilha da Serpente, que fica nas proximidades.
Parte de um prédio de nove andares foi completamente destruída por míssil à 1h. As paredes e janelas de um prédio vizinho, de 14 andares, também foram danificadas pela onda de explosão. Moradores estavam ajudando equipes de resgate a vasculhar os escombros.
“Viemos aqui para o local, avaliamos a situação junto com os socorristas e moradores, e ajudamos aqueles que sobreviveram. E os que infelizmente morreram, ajudamos a carregá-los”, disse Oleksandr Abramov, que mora na região e correu para o local quando ouviu a explosão.
Autoridades ucranianas disseram que pelo menos 16 pessoas foram mortas no bloco de apartamentos na localidade de Serhiivka, e mais três, incluindo uma criança, em ataques que atingiram resort de férias próximo.
O Kremlin negou atacar civis: “Gostaria de lembrá-los das palavras do presidente de que as Forças Armadas russas não trabalham com alvos civis”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres.
Milhares de civis foram mortos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, o que a Ucrânia diz ser uma guerra de agressão não provocada. A Rússia chama a invasão de “operação especial” para erradicar nacionalistas perigosos.
Um dia antes, a Rússia retirou suas tropas da Ilha da Serpente, ponto estrategicamente importante que conquistou no primeiro dia da guerra e usou para controlar o noroeste do Mar Negro, onde bloqueou Odessa e outros portos.
Em seu discurso noturno em vídeo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, saudou o que descreveu como vitória estratégica.
“Ainda não garante a segurança. Ainda não garante que o inimigo não voltará”, disse ele. “Mas isso limita significativamente as ações dos ocupantes. Passo a passo, vamos empurrá-los de volta do nosso mar, da nossa terra e do nosso céu.”
No Leste da Ucrânia, onde a Rússia está realizando sua principal ofensiva terrestre, as forças ucranianas estavam resistindo na cidade de Lysychansk, embora autoridades tenham dito estar sob feroz ataque de artilharia.
Em Kiev, parlamentares ucranianos aplaudiram de pé quando a bandeira da União Europeia foi carregada pela câmara para ficar ao lado da própria bandeira da Ucrânia, um símbolo do status formal de candidatura da Ucrânia à UE,ana passada.
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