Política Ambiental na Amazônia é tema de livro

Obra é uma coletânea de artigos escritos pelo docente do Curso de Ciências Ambientais e do Mestrado em Desenvolvimento Regional, Prof. Dr. Marco Antonio Chagas.Uma publicação para quem acredita que cuidar da natureza é cuidar das pessoas. Assim pode ser definido o livro “Política Ambiental na Amazônia e as epistemologias do Sul”, lançado mês passado pelo docente do Curso de Ciências Ambientais e do Mestrado em Desenvolvimento Regional (MDR), da Universidade Federal do Amapá (Unifap), Prof. Dr. Marco Antônio Chagas. A obra pode ser acessada gratuitamente no link https://www2.unifap.br/ppgmdr/files/2022/10/POLITICA-AMBIENTAL-NA-AMAZONIA-e-as-epistemologias-do-Sul-228-Chagas-E2.pdf.

O livro revisita a Política Ambiental a partir de uma coletânea de artigos de autoria do Prof. Dr. Marco Antônio Chagas publicados em diferentes periódicos nos últimos anos. “A seleção foi por afinidade de ideias e de parcerias. A afinidade diz respeito às utopias que nos permitem aprender a desaprender para reaprender. As parcerias são autores que discordam de mim, portanto, me complementam”, explica.

Os textos se apropriam de categorias teóricas das epistemologias do Sul para refletir as Políticas Ambientais para além da ideia de desenvolvimentismo, muito em voga na academia. “Epistemologia do Sul” é um universo teórico proposto por Boaventura de Sousa Santos que assusta pelo próprio nome. Por outro lado, a partir das categorias das epistemologias do Sul foi que descobri Pedro Ramos, Tomé de Souza Belo, Wemerson Santos, Janaína Calado, Ailton Krenak, Fernando Canto, Antonio Filocreão e muitos outros que me ensinaram que não existe hierarquia entre o conhecimento científico e a ecologia de saberes. Ambos são conhecimentos híbridos entre teoria e prática”, afirma Marco Antônio Chagas.

A obra é composta por sete artigos científicos, que abordam assuntos como áreas protegidas, licenciamento ambiental, desenvolvimento sustentável, entre outros. Segundo o autor, o livro é inspirado no Amapá e traz textos pedagógicos para se pensar o estado com responsabilidade social e ambiental.

“O Amapá é um território pluriverso que tem se invisibilizado e se inviabilizado pelas injustiças da elite do poder e pelo colonialismo da natureza. Um dos artigos do livro, que gosto muito, analisa alguns cenários de desenvolvimento econômico para o Amapá com base na geração de emprego e em políticas ambientais. O livro traz ideias que precisam de aprofundamento pelo ensino, pesquisa e principalmente extensão. Olhar para o Amapá e ver um pouco mais que a mesmice desenvolvimentista… Ver as pessoas como sujeitos de suas artesanias e perceber que o Amapá pode ser um território libertário do capitalismo pela economia do cuidado e da natureza é a principal hipótese do livro”, finaliza.

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