Precarização do trabalho deve crescer em 2023, segundo a OIT

O atual cenário de desaceleração econômica global deve forçar mais trabalhadores e trabalhadoras, em todo o mundo, a aceitarem empregos de menor qualidade neste ano. A previsão é da OIT – a Organização Internacional do Trabalho, em relatório divulgado nesta semana.

A atual desaceleração significa que muitas pessoas podem ser obrigadas a optar por uma remuneração mais baixa, trabalhos precários, sem proteção social, ou com um número reduzido de horas.

O relatório “Perspectivas Sociais e de Emprego no Mundo” também constatou que mulheres e jovens estão nas piores posições no mercado. A taxa de desemprego chega a ser três vezes maior, no caso de jovens entre 17 e 24 anos, na comparação com adultos das outras faixas etárias.

O crescimento global do emprego será de apenas 1% em 2023, menos da metade que no ano passado. Mas, por causa do aumento populacional, o desemprego vai aumentar: cerca de 3 milhões de desempregados a mais, chegando a quase 6% da população mundial.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho, todo esse cenário é motivado por fatores como a guerra na Ucrânia, a alta da inflação em vários países e a opção por políticas monetárias mais restritivas.

Este ano, apenas a África e os Estados Árabes terão um crescimento do emprego acima de 3%. Na Ásia e na América Latina, o crescimento projetado é de cerca de 1%.

Ainda de acordo com o relatório, o desempenho das economias do Brasil e do México no ano passado impediram taxas mais elevadas no continente.

Mas é na América do Norte e na Europa que os impactos da desaceleração econômica serão maiores. Nesses países, a criação de novas ofertas de trabalho deve ser nula ou negativa em 2023.

EBC

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