Empreendedores de comunidades ribeirinhas expõem seus negócios em Manaus
Nesta semana, entre os dias 4 e 6 de novembro, Manaus recebeu a “ExpoAmazônia Bio&TIC”, considerado o maior evento de bioeconomia e tecnologia da Região Norte. Com entrada gratuita e uma ampla programação, um dos principais destaques foi o Mercado Amazônia, espaço que reuniu diversos empreendedores de comunidades ribeirinhas e seus negócios apoiados pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS).
Uma das participantes foi a empreendedora Arilma de Araújo, da comunidade Verdun, situada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Madeira, no município de Manicoré (distante a 390 quilômetros de Manaus). Vendendo geleias artesanais de cacau e cupuaçu, ela destaca o potencial que seu produto tem para alcançar novos abertos ao sabor regional.
“Nossa comunidade está crescendo cada vez mais por conta da produção das nossas geleias e essa é uma oportunidade de divulgar um pouco do sabor da Amazônia”, destaca a empreendedora.
Outro destaque foi a Salgadeira Cabocla do Pirarucu, um projeto inovador apoiado pela FAS, localizado no município de de Fonte Boa (a 864,3 quilômetros de Manaus) e que beneficia a cadeia produtiva do pescado na região.
“Esse produto tem um simbolismo maior porque é um produto da comunidade, é o comunitário que processa, as mulheres são envolvidas e os filhos dos comunitários também são envolvidos. A FAS está junto nesse processo, promovendo e ajudando as comunidades a se destacarem e melhorando a qualidade de vida das pessoas”, afirma Edson Souza, supervisor de projeto da FAS.
Outros destaques
Na segunda-feira, dia 4, o superintendente geral da FAS, Virgilio Viana, apresentou na ExpoAmazônia a palestra “Abordagem Sistêmica para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia”, na trilha Empreendedorismo, onde compartilhou algumas vivências ao longo dos seus 16 anos.
“Ao olharmos para uma comunidade, precisamos entender quais são as principais necessidades que são enfrentadas ali, por isso que a construção é sempre em conjunto com o comunitário, porque é através do olhar de quem vive lá na ponta é que podemos construir soluções que melhorem a qualidade de vida daquelas pessoas”, destacou Viana.
Já na terça-feira, dia 5, a palestra “Políticas Públicas para Bioeconomia da Amazônia”, na trilha Bioeconomia & Biotecnologia, contou com a mediação de Victor Salviati, superintendente de Inovação e Desenvolvimento Institucional da FAS. No mesmo dia, Izolena Garrido, empreendedora e vice-presidente do Conselho Administrativo da FAS, participou da palestra “Bioeconomia da Floresta: a importância das mulheres para geração de renda nas comunidades da Amazônia”.
Em seguida, a palestra “Moda de Luxo: Revolucionando o Futuro com Sustentabilidade” recebeu Oskar Metsavaht, do Conselho Administrativo da FAS. Enquanto isso, a palestra “Empreendedorismo e negócios sustentáveis na Amazônia”, teve mediação de Wildney Mourão, gerente do programa de Empreendedorismo e Negócios Sustentáveis da Amazônia da FAS.
Já na quarta-feira, dia 6, Wildey Mourão também mediu a discussão “Inteligência de mercado, marcas e estratégias comerciais como diferencial competitivo e valor”.
“Cumprimos nossa missão, que vai muito além de propor temas, palestrantes e mediadores, mas sobretudo de instigar o pensamento crítico e o debate público que visa apontar soluções e não apenas os problemas. Pois a Amazônia, como um todo, só tem a ganhar”, finalizou Viana.
Sobre a FAS
A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia. Sua missão é contribuir para a conservação do bioma, para a melhoria da qualidade de vida das populações da Amazônia e valorização da floresta em pé e de sua biodiversidade. Com 16 anos de atuação, a instituição tem números de destaque, como o aumento de 202% na renda média de milhares famílias beneficiadas e a queda de 39% no desmatamento em áreas atendidas.