Estado Islâmico reivindica ter abatido avião russo com 224 pessoas
“Os soldados do Califado conseguiram abater um avião russo na província do Sinai transportando mais de 220 cruzados que foram mortos”, disse o grupo extremista em comunicado nas redes sociais, indicando ter agido como “represália” à intervenção russa na Síria.
O avião, que tinha como destino São Petersburgo, na Rússia, caiu ao sul da cidade egípcia de Al-Arish, capital da província do Norte Sinai, pouco depois de levantar voo de Sharm el-Sheik, com 224 pessoas a bordo.
A aeronave pertence à companhia russa MetroJet (Kogalimavia), fundada em 1993 e com base no aeroporto de Domodedovo, que faz habitualmente voos fretados.
Vários especialistas militares ouvidos pela agência de notícias France-Presse (AFP) disseram que os rebeldes do Estado Islâmico, cuja base fica no norte da Península do Sinai, não dispõem de mísseis capazes de atingir um avião a 30 mil pés, mas não excluem a possibilidade de uma bomba a bordo do avião, ou que tenha sido atingido por um foguete ou míssil quando descia na sequência de falhas técnicas na aeronave.
O contato com a aeronave foi perdido 23 minutos depois da decolagem do Aeroporto de Sharm el-Sheikh, na fronteira com o Mar Vermelho. O avião estava a uma altitude de mais de 30 mil pés (9,144 metros) quando o comandante do avião queixou-se de uma falha técnica do equipamento de comunicação a um funcionário da autoridade de controle do espaço aéreo egípcio.
A Embaixada da Rússia no Cairo informou que todas as 224 pessoas que estavam a bordo do avião que caiu, na maioria russos e alguns ucranianos, morreram na queda do avião.