Operação ‘Acrópole’ vasculha prédios e residências

Alvos são deputados, empresários, servidores e ex servidores da Alap.

Agentes das polícias Civil e Federal, no Amapá, cumprem mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (13) nas residências de servidores e deputados da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), em Macapá. A operação Acrópole – coordenada pelo Ministério Público Estadual (MP-AP) – investiga crimes de desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e outros crimes correlacionados.

Os agentes estão recolhendo documentos, mídias, computadores e outros materiais em casas de deputados, empresários e servidores que estão sob investigação. O Ministério Público Estadual deverá detalhar a operação durante entrevista coletiva, cujo horário ainda não foi confirmado.

Do G1 Amapá:

Agentes das polícias Civil e Federal fazem nesta terça-feira (13) ações de busca e apreensão na casa de parlamentares, servidores e ex-funcionários da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) e do ex-procurador-geral da Câmara Municipal de Macapá (CMM), Daniel Dias. Entre os mandados, foram expedidos três de condução coercitiva e sete de prisão temporária por cinco dias, em Macapá e Santana.

Na busca na casa do deputado Júnior Favacho (PMDB), o advogado dele, Cícero Bordalo Neto, informou que ainda não sabia do teor das investigações e que apenas acompanhava os agentes no recolhimento do material. Além do peemdebista, também teve buscas na residência do deputado Charles Marques (PSDC).

A decisão foi emitida pelo juiz convocado do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) Luciano Assis, a pedido do Ministério Público (MP) do Amapá, que constatou a prática de fraude em licitação, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

De acordo com a decisão, os crimes teriam ocorrido através do pagamento de uma empresa sem a prestação dos serviços ao parlamento enquanto Júnior Favacho e Charles Marques eram presidente interino e primeiro-secretário na Alap, respectivamente, no período de 25 de janeiro de 2013 a 20 de agosto de 2014.

Com base nas provas colhidas preliminarmente pelo MP através da quebra de sigilo bancário dos envolvidos, o magistrado decretou a prisão temporária por cinco dias de João Paulo Dias Bentes Monteiro, Franck Roberto Góes da Silva, Rogério dos Santos Marques, Marcelo da Silva Seabra, Arlindo Silva de Oliveira Neto, Dênis de Almeida Azevedo e Daniel dos Santos Dias.

Os mandados de condução coercitiva foram expedidos contra Jeremias Moraes de Oliveira, Orlando dos Santos Pinheiro e Raimundo Wilson Borges da Silva. O G1 busca o contato com a defesa dos citados na decisão.

O sequestro dos bens dos envolvidos não foram aceitos pelo juiz Luciano Assis pelo fato de o MP não especificar quais são os itens a serem bloqueados.

A Assembleia Legislativa do Amapá disse que acompanha as investigações e que não foi comunicada sobre a operação. O parlamento também afirmou que está à diposição para auxiliar o Ministério Público e judiciário. A sessão ordinária marcada para esta terça-feira está mantida.

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