Caso Zamin: Randolfe pede intervenção de embaixada britânica
Uma comitiva formada pelos senadores Randolfe Rodrigues (REDE – AP) e Davi Alcolumbre (DEM – AP), juntamente com o prefeito de Serra do Navio, Elson Belo, o procurador-geral de Justiça do Amapá, Roberto Álvares, a Coordenadora do Meio Ambiente do Ministério Público do Amapá, Ivana Cei, os promotores Marcelo Moreira, Adilson Garcia e Weber Penafort, e o representante da OAB/ AP, Galliano Cei, estiveram em audiência com o embaixador do Reino Unido, Wasim Mir, para tratar das consequências da exploração de minério de ferro no Amapá por empresas britânicas.
Na ocasião, o senador Randolfe explicou que as atividades irresponsáveis das empresas Anglo Ferrous e Zamin Mineração provocaram danos irreparáveis ao povo, à economia e ao meio-ambiente: “A exploração de minério já foi a maior riqueza econômica do Amapá. Hoje, sofremos prejuízos econômicos, ambientais e sociais com a ação predatória e o descaso das empresas, que paralisaram suas atividades sem qualquer compensação socioambiental”, afirmou.
A empresa paralisou a exploração do minério de ferro da mina de Pedra Branca do Amapari em abril de 2014, cinco meses após assumir sua operação, alegando ‘esgotamento da capacidade de estoque’. Demitindo mais de 2 mil trabalhadores, a empresa deixou uma ferrovia sucateada e o porto de Santana, o principal do estado, inutilizado após um grave acidente ocorrido em 2013.
O embaixador afirmou ter entendido a gravidade do assunto, ressaltando o quanto a situação “é difícil para o Amapá”. Wasmim Mir se comprometeu em entrar em contato com os representantes das empresas britânicas e com o representante da sede do escritório de relações exteriores (o “Itamaraty britânico”) para buscar soluções. Randolfe disse esperar que com a intervenção da embaixada britânica as empresas se preocupem em resolver a situação: “Acredito que essa intervenção da embaixada britânica é mais um passo importante para pôr fim a essa fraude perpetrada contra o povo do Amapá”, afirmou.