Governador do Pará é investigado por nepotismo em licitação

O Ministério Público (MP) do Pará reativou na Justiça ação contra o governador, Simão Jatene, por nepotismo em processo licitatório e improbidade administrativa.

Alberto Jatene, filho de Simão; Alice Viana, Secretária de Administração do Pará, e a Distribuidora Equador de Produtos de Petroleo, já eram réus da ação.

Entre 2012 e 2014, os dois postos de combustível de Alberto venderam mais de R$ 5 milhões de para a Polícia Militar do Estado e ao Corpo de Bombeiros.

O Auto Posto Verdão foi o que mais vendeu combustível para a PM paraense nesse dois anos.

De acordo com Alberto Jatene, não houve direcionamento para que as viaturas abastecessem nestes postos.

Ele disse ao MP que o volume de vendas decorre da localização e não do parentesco com o governador, já que o Auto Posto Verdão fica próximo ao Comando-Geral da PM e do Corpo de Bombeiros.

Para vender combustível aos órgãos públicos, bastou que o filho do governador credenciasse seus postos à rede da Distribuidora Equador, vencedora da licitação, para o fornecimento de combustível ao Governo do Estado.

O faturamento dos postos de Alberto teve queda considerável a partir de 2015. Para o MP, as investigações influenciaram para que as vendas caíssem da casa dos milhões para pouco mais de R$ 150 mil nos primeiros sete meses de 2015.

Em fevereiro deste ano, Alberto Janete foi indiciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, em caso que investiga contratos fraudulentos para exploração mineral. Ele chegou a passar dois meses preso.

A reportagem procurou a distribuidora de combustível e o Governo do Pará, mas até o fechamento da matéria não recebeu retorno.

EBC

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