Álcool sequestra mecanismos de formação das memórias, aponta estudo
Ao mudar a expressão das proteínas nos neurônios, álcool cria uma necessidade de beber mais apesar de eventuais memórias ruins associadas a ele
Roberta Jansen
Estudo feito por pesquisadores da Universidade de Brown, nos EUA, aponta que o álcool sequestra os mecanismos de formação das memórias e muda a expressão das proteínas nos neurônios, criando uma necessidade de beber mais apesar de eventuais memórias ruins associadas à bebida no passado, como ressacas e acontecimentos desagradáveis.
Segundo o estudo, uns poucos drinques em uma noite já são suficientes para alterar a formação das memórias em nível molecular. As descobertas foram publicadas na Neuron.
Um dos maiores desafios na luta contra o alcoolismo é o alto risco de recaídas, mesmo depois de progressos significativos. Para tentar entender os mecanismos por trás do problema, os cientistas norte-americanos estudaram o cérebro das moscas-de-fruta, cujos sinais de formação de memórias de repulsa e recompensa são muito parecidos aos dos humanos.
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