Qual vai ser meu salário e outras perguntas da entrevista de emprego
O que perguntar no final da entrevista? Especialistas em recrutamento ajudam a elaborar questões para deixar uma boa impressão no entrevistador
Por Luísa Granato
São Paulo – Você acha que a entrevista de emprego está chegando ao fim, já falou de suas habilidades e realizações, até sobre suas fraquezas e expectativas, e então o entrevistador joga a bola para você: gostaria de fazer alguma pergunta?
Esse momento final da entrevista pode causar tanto nervosismo para o candidato quanto o resto do processo seletivo. E ele é importantíssimo.
Para Caroline Cadorin, diretora da Hays Experts, recusar-se a fazer perguntas não vai eliminar o candidatos, mas com certeza será uma oportunidade desperdiçada para consolidar uma opinião positiva para os entrevistadores.
“É natural surgirem dúvidas durante o processo. Algumas vezes, ao longo das etapas e entrevistas, o candidato consegue saná-las e obter as informações mais relevantes. Ainda assim, se usado de forma inteligente, você pode reforçar sua posição e vontade com a pergunta final”, esclarece Cadorin.
Segundo Leonardo Berto, gerente de recrutamento da Robert Half, recusar a chance pode passar uma impressão negativa de que o candidato está desmotivado ou desinteressado no processo.
“Ao longo das etapas, existem expectativas diferentes do que se espera do candidato, como perguntas que ajudem a entender melhor sua posição, o contexto da empresa e do negócio. Conforme a pessoa vai avançando, as perguntas ganham mais profundidade. Na última etapa, em um mundo perfeito, estaremos discutindo cases reais para saber o raciocínio e comportamento do candidato”, fala ele.
Não há fórmula para o que deve ser perguntado, mas os dois alertam para não pedir por informações que já foram dadas no processo. A impressão passada é de que o profissional não está atento.
A melhor forma de deixar uma impressão positiva, segundo os dois especialistas, é chegar a entrevista com o “dever de casa” feito. E elaborar suas perguntas de acordo, demonstrando seus conhecimentos e abrindo espaço para dar exemplos de suas conquistas e competências.
“É sempre uma surpresa positiva quando o candidato está preparado desde a primeira entrevista, entendendo o modelo do negócio e buscando outras informações relevantes sobre a empresa”, fala Berto.
Outra dica da diretora da Hays Experts é saber ler o ambiente do encontro. Essa é uma habilidade para entender o processo como um todo e levar em consideração quem é o entrevistador. Uma pergunta boa para o RH na primeira conversa pode ser uma pergunta ruim para a última etapa com o presidente da empresa, por exemplo.
O gerente da Robert Half relembra um momento que um candidato teve a oportunidade de questionar o CEO da empresa e tentou sondar qual seria sua remuneração.
Na busca por uma oportunidade, a pergunta é justa. E segundo Cadorin, uma das principais dúvidas dos candidatos é quando podem perguntar pelo salário.
Diante do dono da empresa, no entanto, a questão não foi bem recebida. “O nível da conversa era outro, a expectativa ali era outra”, diz Leonardo Berto.
O momento ideal para perguntar sobre o salário não é nem no começo, nem no final do processo. Se a informação não foi disponibilizada na descrição da vaga, como é comum, ou revelada pelo RH no primeiro contato, o melhor é entender primeiro sobre a vaga, seus desafios e expectativas para não parecer que a questão financeira, embora essencial, seja seu única incentivo para tentar a posição.
“Com mais dados para avaliar se você está aquém ou além da expectativas de experiência para a vaga, se torna oportuno abordar a questão financeira. Normalmente, não é possível avaliar a experiência do profissional através da leitura do currículo e do perfil nas redes”, avalia Caroline.
Se for muito difícil entender o momento certo para suas dúvidas, a diretora afirma que é um traço de inteligência emocional saber quando pedir ajuda. Ela sugere que uma boa pergunta para o final da entrevista é pedir por esclarecimentos sobre o processo em si.
“Não deixe a ansiedade atrapalhar e ouça bem as respostas. Uma pergunta bem colocada, respeitando o limite do outro, de nenhuma forma é ofensiva. Se não estiver seguro, não souber se aquele é o momento para perguntar algo ou a pessoa certa para te responder, fale que tem dúvidas ainda e pergunte com quem deveria tratá-las. Depois, siga as orientações que receber”, explica ela.
Realmente, uma coisa simples como uma entrevista de emprego se torna todo um drama mexicano, tudo por conta dos gestores ou psicólogos que ficam procurando um elo perdido entre a humanidade e o símio, ou a resposta sobre o que existe no centro dos buracos negros, por ai vai.
Deviria-se se atentar ao básico de forma inicial, graduações, disposição pra progredir dentro do meio, atenção a horários e prazos e falar logo sobre o ordenado. Por incrível que pareça sempre se conversa sobre mundos e fundos com o entrevistado mas não se chega nem perto do assunto “salário e benefícios”, ai você fica 300 horas respondendo perguntas como um investigado da Lava Jato pra no fim descobrir que é pra trabalhar 500h em um dia, com pausa de 15 décimos de segundo, ter que dominar a arte da Ofidioglossia, já ter sido astronauta 10 vezes, falar fluentemente aramaico, enochiano e babilônico arcaico, além de ter 4 Phd’s, para ser o feliz eleito de uma vaga que pagará o valor astronômico de R$1,50 por ano sem vale transporte nem carteira assinada… esqueci de mencionar que ser Engenheiro Aerospacial Especialista em Veículos de Gliese 667 Cc e Gliese 667 Cf é um diferencial…