Pipas colorem céu e confirmam-se como diversão dos macapaenses no Macapá Verão

Com a chegada do verão e das férias escolares de julho, o céu ganha coloridos de todas as formas e tamanhos com as pipas, papagaios, rabiolas e curicas. A tradição não tem idade. Muitas crianças e adultos aproveitaram o domingo, 14, ensolarado para extravasar; se divertir empinando pipa, no balneário da Fazendinha, onde acontece o Macapá Verão.

Seja criança ou adulto, todos disputam espaço no céu para dar o melhor “laço” e cortar a pipa do adversário. Segundo o vendedor de pipas, Marcelo Santos, 20 anos, morador do distrito de Fazendinha, suas rabiolas estão tendo boas saídas. “Gasto aproximadamente R$ 2,00 para confeccionar cada uma delas, usando papel de seda, cola, tala e linha, e vendo a R$ 3,50. Mas gosto mais de empinar do que vender; a adrenalina do laço, de cortar uma pipa no céu, é bem legal. Já cortei uma hoje, mas a linha que vendo é sem cerol [mistura de goma com vidro pilado, usado para deixar a linha cortante]”.

O uso do cerol é proibido pela Lei Municipal nº 1445/2005, visando evitar riscos à população. Inclusive, há registros de morte por conta da linha encerada. A Guarda Civil Municipal de Macapá (GCMM) informa que o perigo vai além do cerol. Correr atrás das pipas pelas ruas, em meio aos veículos, também põe em risco a vida da garotada praticante da brincadeira.

Para evitar acidentes graves, desde o início do Macapá Verão, a GCMM promove a Operação Pipa sem Cerol, com o objetivo de apreender linhas enceradas, tanto nos balneários onde ocorrem as domingueiras quanto nas ruas e distritos, de modo repressivo, recolhendo o material proibido.

Bruno Vieira, 16 anos, como ele mesmo falou, fez o “raspa” e cortou três pipas. “Não uso cerol, porque sei do perigo, mas não deixo de empinar minha rabiola. Fiz o ‘raspa’ hoje, cortei três. Cortei e ‘arei’. É uma emoção grande”, contou. Arar, na linguagem dos praticantes dessa brincadeira, significa cortar e pegar o papagaio com a mesma linha.

 

Assessoria de Comunicação/PMM

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