MPF investiga morte de indígena e invasão de garimpeiros na Terra Indígena Wajãpi

O MPF instaurou, neste sábado (27), procedimentos para apurar as circunstâncias da morte de um indígena e a invasão de garimpeiros na Terra Indígena Wajãpi, no Amapá. No decorrer do dia, o órgão acompanhou o desenrolar dos fatos, em contato com a Polícia Federal e com servidores da Funai, que estão na área.

A morte do indígena Waiãpi, que estaria relacionada ao caso, segundo a Funai, será apurada pelo MPF por meio de investigação criminal. Acerca das denúncias de invasão da TI Waiãpi por garimpeiros, o órgão solicitou informações à PF sobre as providências adotadas até o momento. Esclarecimentos também serão requeridos aos órgãos competentes.

Ainda na noite de sábado, efetivo da PF e policiais do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar foram deslocados para a TI. A finalidade é evitar o agravamento do conflito. O MPF vai seguir acompanhando a situação a fim de assegurar os direitos dos indígenas.

Gabinete de Crise

Reunião de formação do gabinete de crise ocorreu na manhã deste domingo. (Foto: Ludimila Miranda – Ascom MPF)

Na manhã deste domingo (28), o Ministério Público Federal (MPF) reuniu-se com outros cinco órgãos para a formação de gabinete de gerenciamento de crise. A finalidade do grupo interinstitucional é esclarecer as circunstâncias da morte de um indígena ocorrida na Terra Indígena Wajãpi. Na oportunidade, a Polícia Federal informou que o efetivo enviado para a TI, na noite deste sábado, estaria se dirigindo ao local exato da ocorrência no início da tarde. Além do MPF e da PF, integram o grupo MP estadual, Secretaria de Justiça e da Segurança Pública do Amapá, Exército e Funai.

Na reunião, as autoridades policiais informaram que não é descartada nenhuma hipótese para o homicídio, tampouco se pode afirmar a autoria do crime, neste momento. A suposta presença de garimpeiros e de outros grupos na região está sendo investigada. A atuação conjunta vai permitir que as instituições trabalhem de forma integrada para evitar informações desencontradas. Cada órgão se dispôs a colaborar dentro das suas competências.

A morte da liderança indígena, sob circunstâncias ainda não esclarecidas, ocorreu na última segunda-feira (22). O corpo teria sido encontrado, no dia seguinte, em um rio da região. Pessoas que não pertencem a nenhuma etnia teriam sido vistas na área por indígenas. O MPF instaurou procedimentos para apurar as informações recebidas desde a noite da última sexta-feira (26).

Participaram da reunião no MPF, os procuradores da República Rodolfo Lopes e Joaquim Cabral, o superintendente da Polícia Federal Dorival Ranucci, o delegado da PF Victor Arruda, a procuradora-geral de Justiça Ivana Cei, o general do Exército Viana Filho, o secretário de segurança pública Coronel Carlos Souza e os representantes da Funai Joenes Guimarães e João Vilhena.

Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal no Amapá

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