Falta de circulação de moedas afeta o troco nos ônibus

Segundo o Banco Central, pelo menos R$ 7 bilhões em moedas estão em cofrinhos

A falta de circulação de moedas na economia afeta, de maneira geral, a todos os segmentos comerciais – desde o transporte público até os supermercados. Mas também prejudica o pequeno empresário, que, por falta de troco, pode comprometer a confiança por parte dos consumidores, que não saem felizes do estabelecimento comercial quando não recebem o troco correto.

Tentar pagar a passagem e o cobrador não ter o troco necessário tem sido uma cena bem comum. Isso tem causado grandes problemas entre cobradores e passageiros. Os cobradores, segundo informações, continuam sem meios de passar o troco aos usuários.

O Banco Central do Brasil admite que existe uma dificuldade decorrente da falta de circulação de todas as moedas e um dos motivos é que as pessoas estão guardando em casa, também com o uso de cofrinhos.

O Banco Central iniciou uma campanha no final de agosto de 2017 falando sobre a situação, apesar de dizer que a quantidade de moedas que hoje existe em circulação é suficiente para o suprimento da população. Mas tem gente guardando moedas demais.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap), instituição que agrega as empresas de ônibus que operam em todo o Estado, admite o problema e diz que todos os anos solicita ao Banco Central que coloque em circulação mais moedas, mas nem sempre isso é suficiente.

Segundo dados do governo brasileiro, pelo menos um terço das moedas postas em circulação nos últimos 10 anos estão guardadas em cofres, gavetas ou esquecidas em compartimentos da casa ou do carro. Esse problema afeta principalmente quem precisa das moedas de 5 e 10 centavos.

Para suprir as moedas que faltam, a Casa da Moeda produz mais. Em 2018 foram 761,3 milhões de novas moedas, 11% superior a 2017. Em 2019, até o final de julho, foram mais de 430 milhões de moedas produzidas.

O Setap explica que ao sair das garagens cada cobrador leva em média R$ 5 ou R$ 10 em moedas. O volume seria suficiente se os passageiros também pusessem em circulação suas moedas, o que nem sempre ocorre. “Já temos uma defasada, a menor de todas as capitais. Não temos como abrir mão do troco”, explica Renivaldo Costa, porta-voz do sindicato.

Ascom/Setap

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