Aquecimento global acentuado não é obra da natureza, afirma estudo
Reinaldo Zaruvni
Uma pesquisa publicada na revista Nature na última quarta-feira (27) sugere que os últimos 12 mil anos na Terra têm sido mais frios do que se pensava e que o aquecimento global causado por humanos é uma anomalia maior que a projetada por estudos anteriores.
De acordo com os cientistas responsáveis pela teoria, uma nova maneira de se analisar temperaturas históricas possibilitou a identificação de mudanças somente sazonais que, até então, caracterizavam os últimos milênios como mais quentes do que realmente foram.
A metodologia, afirmam, oferece o que pode ser a solução de um mistério a respeito dos recentes fenômenos climáticos no planeta, o chamado enigma do aquecimento do Holoceno, cujas reconstruções revelam um período quente de 6 mil a 10 mil anos atrás, seguido de resfriamento e, então, de um aumento de temperatura contínuo.
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Este argumento é utilizado por céticos, de que a natureza segue seu caminho independentemente da ação de seus habitantes. Entretanto, isso parece não ter ocorrido de fato.
Samantha Bova, pesquisadora de paleoclima da Rutgers University e uma das autoras do estudo, explica que a interpretação das novas evidências exibe um caminho altamente consistente de elevação de temperatura com o previsto por modelos climáticos, refutando aqueles que discordam deles.
Entender a História por essa perspectiva, complementa, mostra que o que temos testemunhado nos últimos 150 anos está nos levando a um cenário mais quente que em qualquer momento posterior à última vez em que geleiras cobriram várias partes do mundo.
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