Especialista dá dicas para estimular a alimentação saudável na infância

Artigo do neurocientista e especialista em nutrição clínica, Fabiano de Abreu, traz técnicas para uma melhor nutrição infantil

Afinal, é verdade que alimentar bem faz toda a diferença durante a infância e traz benefícios ao longo da vida? Sim! Tanto é que o neurocientista e especialista em nutrição clínica Fabiano de Abreu aproveita o Dia da Saúde e da Nutrição, celebrado nesta quarta-feira (31), para ensinar técnicas valiosas para que a alimentação se torne algo divertido e prazeroso para toda a família.

Dizem que a boca é a porta de entrada para o que há de bom e de ruim em nossa saúde. Afinal, dependendo do que a pessoa se alimenta, ela terá uma vida confortável, com saúde em dia e boas condições fisiológicas. Por outro lado, uma má alimentação pode trazer doenças e diversos outros prejuízos que, se não forem cuidados a tempo, podem trazer sérios problemas.

Durante a infância então, é papel de toda a família estimular que a criança tenha uma alimentação saudável, recheada de elementos que trazem benefício para sua saúde. “A criança bem alimentada hoje será um adulto saudável amanhã”, reforça o neurocientista Fabiano de Abreu. Em razão do Dia da Saúde e Nutrição, celebrado em 31 de março, ele, que é autor de um estudo publicado na PUC Minas sobre este assunto, apresenta as melhores técnicas para que os jovens tenham possam ter à mesa um momento de descontração com os entes queridos.

Neurocientista e neuropsicólogo com especialização em psicopedagogia e nutrição clínica, Fabiano de Abreu orienta que: “Para que a alimentação infantil seja bem executada, e com meios para incentivar a criança a consumir esta comida sem impor quaisquer barreiras, é necessário definir técnicas para incentivar a criança a comer todos os nutrientes necessários para seu desenvolvimento intelectual e físico” Além disso, “é de grande importância observar que a necessidade de uma boa alimentação vem desde a gestação materna, e também cabe à família cultivar o hábito alimentar desde o nascimento da criança”.

Durante a primeira infância, aquela fase de desenvolvimento do bebê onde ele está aprendendo várias lições que ficarão guardadas em seu cérebro, é fundamental saber dar os alimentos corretos para a criança. “Considerando a conveniência, preço e qualidade nutricional, sugiro o uso de cores, texturas e formas nos alimentos nutritivos como meios para estimular a criança a comer”, destaca Abreu. Uma dica para estimular a alimentação é simples de ser colocada em prática: “Corte a frutas, vegetais e legumes em formato de imagens que lembrem um desenho animado ou crie uma fantasia sobre as figuras para entreter a criança enquanto ela se alimenta”, detalha o neurocientista.

Fabiano de Abreu explica que “o que mais chama a atenção da criança em uma refeição, é, sobretudo, a forma de apresentação e a cor do alimento”. Isso explica a diferença de percepção que ocorre neste momento entre a mente de uma criança e a de seus pais ou responsáveis”. O que, ele salienta, “talvez explique alguns conflitos caseiros tão comuns neste momento em família, já os adultos deixam-se cativar mais pelo sabor, cheiro e textura da comida”, acrescenta.

Despertar a atenção da criança não é um processo complicado. “Monte o prato da criança com um visual atrativo para ela, e isso certamente irá despertar sua atenção para o que está sendo oferecido naquele momento. Por exemplo, crie paisagens de natureza e animais usando elementos, por exemplo, como rúcula, tomate, cereja, queijo e uvas. Faça combinações que possam envolver carne, legumes e frutas. Se desejar fazer um bolo, lembre-se de que há uma variedade enorme de nutrientes que podem ser colocados nele, dentre eles: aveia, espinafre, banana, ovos e farinha”, destaca o especialista.

Para um almoço ou janta prazerosos, Fabiano sugere o uso de cereais: “As crianças gostam deles, e muitos são divertidos, além de possuir bastante vitamina.” Para aqueles que não aceitam qualquer tipo de comida, a recomendação do especialista é bem simples de ser executada: “Cozinhe os alimentos misturados. Inclua legumes e vegetais de forma disfarçada, por exemplo, e acrescente eles misturados com uma almôndega ou na sopa. O melhor nestes casos é preparar os alimentos que a criança não gosta triturados com outros que ela aprecia”.

Veja mais no Folha Vitória

O que você pensa sobre este artigo?

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.