Pesquisadoras da Embrapa recebem certificados de reconhecimento no I Prêmio de Ciência, Tecnologia e Inovação do Amapá
A pesquisadora doutora da Embrapa Amapá, Engenheira Agrônoma Valeria Saldanha Bezerra, recebeu certificado de reconhecimento pela conquista do terceiro lugar na categoria Pesquisador Destaque / Ciências da Vida, do I Prêmio de Ciência, Tecnologia e Inovação do Amapá – Láurea Robério Nobre. A solenidade realizada pelo Governo do Estado, nesta quinta-feira, 13/10, no Palácio do Setentrião, foi marcada por congraçamento e reconhecimento mútuo entre os pesquisadores, empreendedores e comunicadores finalistas de todas as categorias. A pesquisadora doutora Ana Cláudia Lira Guedes, do Núcleo de Pesquisas em Recursos Florestais da Embrapa Amapá, conquistou o segundo lugar na categoria Projeto Científico e Inovador, mas não pode comparecer por estar na coordenação da VII Jornada Científica do centro de pesquisa durante o evento da premiação.
Ainda na categoria Pesquisador Destaque / Ciências da Vida, o professor da Universidade Federal do Amapá (Unifap), pesquisador doutor José Carlos Tavares Carvalho, obteve a pontuação máxima e conquistou o primeiro lugar. Em segundo lugar foi agraciada a pesquisadora doutora Margarete do Socorro Gomes; e em quarto lugar o pesquisador doutor Robson Borges de Lima. Este Prêmio inédito foi idealizado pela Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Setec) e operacionalizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá (Fapeap).
34 anos de dedicação à pesquisa agropecuária
Com uma atuação de 34 anos na Embrapa Amapá, Valeria Bezerra possui experiência em condução de estudos em campos experimentais e laboratórios, desde recomendação de novas cultivares para mandioca até a indicação da temperatura ideal do choque térmico em frutos de açaí para garantir um alimento livre de contaminantes, como também tem grande contribuição na formação de várias gerações de profissionais que foram seus orientandos em trabalhos de conclusão de curso (TCCs) na condição de bolsistas e estagiários.
“Acho louvável o reconhecimento do trabalho de profissionais e estudantes que trabalham pelo desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação no Amapá, ainda mais no contexto atual de cortes drásticos no orçamento para a pesquisa científica. Não é um prêmio monetário, mas um reconhecimento e isso é muito válido e bem-vindo”, destacou Valeria Bezerra. Ela se emocionou com a homenagem póstuma ao pesquisador da Embrapa, Robério Nobre, que estava Secretário Estadual de Meio Ambiente quando faleceu, em abril deste ano. “Robério Nobre foi um colega de trabalho e amigo pessoal, desde os tempos de juventude quando ingressamos na Embrapa. Admiro tudo o que ele representou para o Governo do Estado em termos de visão sobre o desenvolvimento da Amazônia”.
Valeria Bezerra é graduada em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1985), mestre em Ciências dos Alimentos pela Universidade Federal de Lavras (2000) e doutora em Ciência de Alimentos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2016). Atualmente é pesquisadora da Embrapa, atuando principalmente em composição química, qualidade, microbiologia e sensorial de produtos como açaí, fruteiras tropicais e carne de tracajá.
Participaram da solenidade o governador Waldez Góes, a deputada estadual Marília Góes representando a Assembleia Legislativa do Amapá, o chefe-geral da Embrapa Amapá, Antonio Claudio Almeida de Carvalho, o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Rafael Pontes, a diretora da Fapeap, Mary Guedes, entre outras autoridades, amigos e familiares dos agraciados com o I Prêmio de Ciência, Tecnologia e Inovação do Amapá. Para o governador Waldez Góes “esse prêmio imortaliza a passagem brilhante de Robério Nobre, que tanto contribuiu para o desenvolvimento sustentável, científico e tecnológico no nosso estado”. Ele também ressaltou a importância do incentivo e disseminação do conhecimento científico no estado. “O prêmio Robério Nobre reflete o quanto a ciência, a tecnologia e a inovação são prioridade. É com investimento em ciência que fortalecemos a economia, salvamos vidas – como se vê no decorrer da pandemia -, e desenvolvemos como um todo a sociedade”.