Tocantins, MG e Amazonas apresentam surto de dengue em janeiro

Janeiro foi um mês marcado por muita chuva e forte calor em todo o país. É a combinação ideal para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya. O calor acelera o metabolismo do mosquito e faz o ciclo reprodutivo dele reduzir de 15 para apenas 8 dias. Já a água acumulada é onde o Aedes aegypti deposita os ovos.

Alguns estados já estão em alerta para os surtos de dengue verificados no mês passado. Em Tocantins, o número de casos suspeitos subiu cerca de 100 vezes. A gerente de Vigilância das Arboviroses no estado, Christiane Bueno Hundertmarck, chamou a atenção também para o grande aumento dos casos confirmados.

Outros estados também enfrentam surtos. Minas Gerais acumula este ano quase 3 mil casos prováveis de dengue, com alta de 155% em relação à semana passada. Além de 175 pacientes com suspeitas de chikungunya, o que representa aumento de 220% em uma semana.

No estado do Amazonas, as atenções estão voltadas para a capital, Manaus, onde a prefeitura vai intensificar a campanha de combate ao Aedes aegypti, a partir de segunda-feira. O sistema Infodengue, da Fiocruz e da Fundação Getúlio Vargas, informa que 366 casos de dengue foram notificados no estado este ano. Desses, 127 foram em Manaus.

Já no Rio Grande do Sul, a responsável pelo Programa das Arboviroses da Vigilância Epidemiológica, Catia Favreto, afirmou que o número de casos está dentro do esperado. A surpresa foi encontrar o Aedes aegypti em locais onde ele não apareceu no ano passado.

Os pesquisadores da Fiocruz afirmam que 8 em cada 10 criadouros do Aedes aegypti estão dentro das nossas casas. E a forma de evitar novos surtos de dengue, zika e chikungunya, é aquela que todos nós já conhecemos: eliminar os criadouros. São medidas como manter as caixas d’água e cisternas bem fechadas; limpar e remover folhas das calhas; lavar as vasilhas de animais com esponja, sabão e água corrente; e não deixar exposto nenhum objeto que possa acumular água, como pneu, balde, pratinho de plantas e lata de lixo.

*Com produção de Joana Lima.

Edição: Bianca Paiva / Guilherme Strozi

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